De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, que cita dados estatísticos das autoridades russas, a produção de um dos maiores produtores mundiais de crude desceu 1,6% face ao pico de 11,23 milhões de barris diários atingido em outubro do ano passado.
A Rússia comprometeu-se, ao cortar a produção em 300 mil barris por dia, a apoiar a estratégia definida pela OPEP de limitar a produção de petróleo para escoar as reservas mundiais e assim tentar acelerar a subida do preço do petróleo, que desceu abruptamente no verão de 2014 e se mantém em níveis historicamente baixos desde então.
A Rússia é o maior dos 11 produtores de fora da OPEP que estão a cooperar com este cartel para reduzir a oferta mundial em 1,8 milhões de barris por dia.
O preço do petróleo subiu 19%, para 52,83 dólares por barril na sexta-feira, desde que o acordo foi assinado, em novembro do ano passado.
Cinco membros da OPEP, incluindo Angola, já sinalizaram a vontade de estender até ao segundo semestre o acordo de redução da produção, inicialmente acordado para vigorar apenas nos primeiros seis meses deste ano.
A Rússia precisa de mais tempo para estudar o mercado antes de se comprometer com uma extensão do prazo do acordo, disse o ministro da Energia, Alexander Novak, em entrevista à Bloomberg na semana passada.
O país vai reunir-se com a OPEP em Moscovo no dia 31 de maio para debater este tema.
A descida do preço do petróleo desde meados de 2014 teve um impacto significativo nos maiores produtores mundiais, principalmente naqueles que dependiam do crude para equilibrar os seus orçamentos, como é o caso dos lusófonos Angola, Brasil e Guiné Equatorial.