Professores universitários ponderam levantamento da greve


O Sindicato dos Professores do Ensino Superior (SINPES) vai realizar esta sexta-feira(19), em Luanda, uma Assembleia-Geral Extraordinária para decidir sobre o levantamento ou não da greve por tempo indeterminado, que se observa desde o dia 10 deste mês, em todo o país.

O secretário-geral do SINPES, Eduardo Peres Alberto, que falava no termo da assinatura do Memorando de Entendimento com o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), esclareceu que só a referida Assembleia tem poderes para levantar a greve.

“A comunidade do Ensino Superior vai deliberar a greve de acordo com os resultados do Memorando de Entendimento. Para já, espera-se que o Ministério cumpra, na íntegra, as promessas do caderno reivindicativo do Sindicato”, disse Peres Alberto.

O secretário-geral defendeu uma maior valorização dos professores do Ensino Superior, por considerar estes profissionais como “a chave de ouro, para qualquer país que almeja o desenvolvimento”.

Peres Alberto referiu que o objectivo da greve é pressionar para a melhoria da qualidade do Ensino Superior. Com a paralisação, as duas partes chegaram a entendimento em oito pontos constantes no caderno reivindicativo.

O sindicalista citou, entre os pontos analisados, a questão da realização das eleições nas Instituições Públicas do Ensino Superior, remuneração condigna dos docentes com salário indexado ao dólar (ao câmbio do dia), provimento administrativo excepcional na carreira docente do Ensino Superior e pagamento da dívida pública, a melhoria das infra-estruturas das instituições de ensino, Seguro de Saúde para os professores, formação contínua dos docentes e não docentes e financiamento para o Fundo de Investigação Científica.

A titular do MESCTI, Maria do Rosário Bragança, presente na assinatura do acordo, garantiu que o Executivo tem vindo a fazer uma aposta na melhoria do ensino superior e na investigação científica do país e, disse estar ciente de que ainda há muito por se fazer, mas considerou que o sector está a trabalhar para encontrar recursos que permitam dar passos que visam à melhoria dos serviços essenciais.


Gostou? Partilhe com os teus amigos!

0 Comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *