O preço do barril de petróleo Brent, para entrega em setembro, abriu hoje em baixa no mercado de futuros de Londres, a valer 43,96 dólares, menos 0,20% do que no fecho da sessão anterior.
Na quarta-feira, o barril de petróleo Brent encerrou no mercado de futuros de Londres em 44,05 dólares, menos 1,76% que na sessão anterior.
De acordo com o relatório mensal da organização, esta evolução será lenta, uma vez que a produção continuará a aumentar e o consumo a abrandar devido à situação económica atual, penalizada pela saída do Reino Unido da União Europeia (‘Brexit’) na sequência do referendo, em junho último.
No documento hoje conhecido, a AIE prevê uma queda das reservas petrolíferas mundiais nos próximos meses, o que contribuirá para reduzir o desequilíbrio persistente desde 2014, altura em que teve início o aumento da produção quer dentro, quer fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
Esse excedente levou a que, segundo a AIE, o petróleo tenha passado dos 115 dólares por barril em 2014 para os 27 dólares de janeiro último, quanto atingiu mínimos, antes de situar-se nos 50 dólares na primavera.
A organização foi moderada nas suas previsões relativas à procura de petróleo no próximo ano, devido às perspetivas macroeconómicas que poderão ser afetadas pelo ‘Brexit’ e reviu as previsões de crescimento da procura de 1,2 milhões de barris diários, para 97,5 milhões de barris em 2017.
Para este ano, a AIE mantém as suas previsões de crescimento da procura de 1,4 milhões de barris diários, para os 96,3 milhões.
Quanto à produção, a organização assinalou que em um ano houve uma descida de 215.000 barris diários, uma vez que o aumento da produção nos países da OPEP não compensou a redução da produção dos outros países.
A Arábia Saudita extraiu em julho um recorde de 10,62 milhões de barris por dia, o que situou a produção do cartel nos 33,39 milhões de barris, o valor mais alto registado em oito anos.
Num ano, a produção nos países que não pertencem à OPEP caiu em 1,1 milhões de barris por dia.
Este ano, e segundo a AIE, a produção deverá cair em cerca de 900.000 barris diários, para os 56,6 milhões, antes da recuperação esperada em 2017, com um aumento estimado de 300.000 barris diários.