OMS pede que países que não permitem a venda de cigarros electrónicos mantenham a proibição


A Organização Mundial da Saúde (OMS), pediu nesta quarta-feira (13), através de uma nota, uma acção urgente para combater o crescimento dos cigarros electrónicos, de modo a proteger as crianças dos referidos dispositivos rebatendo a ideia de que os aparelhos seriam uma alternativa para que os consumidores deixem o cigarro tradicional.

Foto: Shutterstock / F8 studio

O director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em comunicado citado pelo site “O Globo”, alertou que os aparelhos, conhecidos como vapes ou pods, têm sido “comercializados agressivamente para os jovens” e que o uso entre os adolescentes dos 13 e 15 anos, excede a taxa entre os adultos em todas as regiões da OMS. E refere também que 34 países proíbem a venda dos dispositivos, mas 88 não possuem regulações e não implementam idade mínima para a compra.

“As crianças estão a ser recrutadas e presas desde cedo ao uso de cigarros electrónicos e podem ficar viciadas em nicotina. Eu exorto os países a implementarem medidas rigorosas para impedir a adesão, a fim de proteger os seus cidadãos, especialmente as suas crianças e jovens”, precisou o director-geral da OMS.

Em relação às medidas, a organização pede que países que não permitem a venda dos dispositivos, mantenham o posicionamento e garantam a proibição de forma rigorosa. Já aqueles que autorizam a comercialização devem ter regras rígidas de regulamentações para “reduzir o seu apelo” por meio da proibição de todos os sabores, a limitação da concentração de nicotina e a tributação dos aparelhos.

No geral, a OMS pede que as medidas sejam acompanhadas de iniciativas para motivar e assistir os usuários existentes de produtos de tabaco a largarem o fumo. Para isso, devem ser utilizados “métodos comprovados”, como aconselhamento de profissionais de saúde, linhas de telefone gratuitas, serviços móveis e digitais de cessação e terapias aprovadas.

“Os cigarros electrónicos são frequentemente promovidos como uma alternativa menos prejudicial aos cigarros convencionais; no entanto, até o momento, não foi comprovado que a comercialização (venda, importação, distribuição ou fabricação) como produtos de consumo tenha trazido um benefício para a saúde pública”, refere.


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