Obama não aprova novas sanções contra o Irão


O Presidente dos Estados Unidos advertiu ontem o Congresso, que se impuser novas sanções contra o Irão, vai levar ao fracasso da diplomacia e abrir caminho à guerra, o que deve ser o último recurso.

Obama grampos

“Se este Congresso aprovar novas sanções, neste momento, praticamente garante o fracasso da diplomacia, deixando os Estados Unidos à margem dos seus aliados nas negociações nucleares”, disse Barack Obama no seu discurso do Estado da União no Capitólio.
No discurso Obama defendeu os avanços nas negociações entre o Irão e o “G5+1” (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha), que já duram há mais de um ano.
“Aprovar mais sanções vai garantir que o Irão volte a iniciar o seu programa nuclear”, que está suspenso desde que decorrem negociações, e isso não faz sentido”, argumentou Obama.
“Por isso, vetarei qualquer novo projecto de lei de sanções que ameacem esses avanços. O povo norte-americano espera que a guerra seja apenas o nosso último recurso, e eu pretendo manter-me fiel a essa ideia”, acrescentou Barack Obama.
O Presidente norte-americano garantiu que, entre agora e o próximo mês de Julho, quando vence o prazo estipulado pelas partes para se firmar um acordo, há uma oportunidade de negociar um pacto integral que evite um Irão com armamento nuclear, garanta a segurança dos EUA e dos seus aliados, entre eles Israel, e evite outro conflito no Médio Oriente.
“Não há garantias de que as negociações vão ter sucesso e mantenho todas as opções sobre a mesa para prevenir um Irão nuclear”, disse Obama.
O Presidente dos Estados Unidos vai pedir ao Congresso que aprove em breve uma nova base legal para a campanha contra o grupo Estado Islâmico no Iraque e na Síria, com a promessa de que vai ser bem sucedida, mas leva tempo. “Este esforço leva tempo. Vamos precisar de concentração. Mas vamos ter sucesso”, disse Obama.
Obama voltou a pedir ao Congresso que aprove uma resolução autorizando o uso da força contra o Estado Islâmico, com uma base legal e possíveis limites temporários à campanha, o que vem reivindicando desde Novembro. “No Iraque e na Síria, a liderança norte-americana, incluído o nosso poder militar, está a deter o avanço do Estado Islâmico. Em vez de sermos arrastados para uma guerra no terreno no Médio Oriente, estamos a liderar uma ampla coligação, que inclui nações árabes, para debilitar e, em último caso, destruir esse grupo terrorista”, disse Obama.
O Presidente norte-americano acredita que os EUA e os países da coligação vão derrotar o Estado Islâmico e oferecer um outro sonho aos povos da região, numa altura em que são mortos e oprimidos pelo EI.


Gostou? Partilhe com os teus amigos!

0 Comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *