Horas após ter doado o rim ao namorado, uma estudante mexicana, Maria José Lara, descobriu que este era casado e que relação não passou de um esquema.
À jovem conheceu o homem pela rede social Facebook, em 2016, viviam em cidades diferente, mas este a visitava com frequência. Maria conta que sempre falavam sobre ir vê-la e que sabia pouco sobre a vida do indivíduo. Os encontros duraram seis meses, até que começaram a namorar.
A relação aconteceu à distância por quase um ano e já falavam sobre casamento. “Nossa relação seguia linda, com muita paz e muito amor. Ele se dizia apaixonado por mim”, disse a jovem.
Maria conheceu, por vídeo chamada, a mãe e a irmã do namorado, o que a deixou um pouco mais segura. Para a jovem, o namoro acontecia de forma natural, pois saiam juntos e o homem nunca tentou escondê-la de ninguém. Até que, já apaixonada descobriu que o mesmo estava doente.
“A princípio, não sabíamos o que era. Fiquei triste e muito preocupada com ele. Me ofereci para ir até sua cidade acompanhá-lo nos exames, mas ele disse que não precisava, que a mãe e a irmã iriam com ele”.
Diagnosticado com insuficiência renal e precisando urgente de um transplante de rim, a jovem ofereceu-se para fazer a doação caso fossem compatível. Maria decidiu doar o seu órgão mesmo contra a vontade da família.
Ainda sob efeito da anestesia, Maria se deparou com uma mulher que a agradeceu por ter salvo a vida daquele que pensava ser sua cara metade, “Você salvou a vida do meu marido”. Sem entender o que estava a acontecer, depois de um tempo a jovem voltou para casa.
Com o passar dos dias, Maria Lara, notou que o namorado a tratava com indiferença e passou a “inventar desculpas” para não fazer chamadas de vídeo, pois justificava que devido aos medicamentos estava sempre cansado ou com sono. Tal comportamento levou a jovem a fazer-lhe uma visita surpresa no hospital onde estava em observação. Mas surpreendeu-se ao se deparar com a mesma mulher que a agradeceu após a cirurgia, e desta vez confirmou que realmente era esposa do seu namorado.
Dias depois, o homem simplesmente desapareceu, o que a faz crer que o namorado e a família combinaram tudo para que esta se apaixonasse e doasse o rim.
Quase seis anos depois, Maria diz que superou o ocorrido. “Demorou um bom tempo ainda para esquecê-lo de vez, mas passou. Hoje me sinto liberta e pronta para viver um novo amor, real e de verdade.”
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