Ministro dos Transportes promete que funcionários da TAAG não serão despedidos


O ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, prometeu nesta quinta-feira, 15 de Setembro, durante uma entrevista, que a Linhas Aéreas Angolanas (TAAG) não vai despedir funcionários, porém, reforça que vai manter-se o processo de reestruturação da companhia.

No passado dia 21 de Agosto, os funcionários da TAAG realizaram uma manifestação silenciosa, com objectivo de alertar a opinião pública angolana e internacional sobre alegados atropelos da nova administração da empresa. Questionado a respeito, o dirigente garantiu que os despedimentos não constam na agenda do seu departamento.

“É óbvio que temos um processo de reestruturação em curso, mas, obviamente, que não estamos a contar com despedimentos que não fazem parte da nossa agenda, e é muito importante explicar à população, que mesmo ao longo da pandemia, com os aviões no chão, não houve um único despedimento” prometeu durante entrevista à Lusa.

Ricardo de Abreu que falava à margem da investidura do Presidente da República, João Lourenço, refutou a possibilidade de despedimentos e ressaltou que fases do género devem ser vistas como desafio e não um problema.

“Isso é normal, pois, faz parte da sociedade. Nós não vemos isso como problema, mas sim como os grandes desafios de transformação e reestruturação da nossa economia e das nossas empresas, porque temos que estar preparados para viver. Nós não podemos querer, somente, dizer que o que acontece nos outros países é que é bom e não termos nós a capacidade de fazer esta mudança” disse.

Sobre a reestruturação da TAAG, o governante, que não confirmou se vai ser ou não reconduzido ao cargo, disse que a companhia aérea de bandeira angolana tem de procurar sustentabilidade profissional, técnica e de gestão de custos.

“A TAAG é uma companhia aérea que tem que se garantir sustentável, num negócio altamente exigente, do ponto de vista profissional, técnico e de gestão de custos, para que seja sustentável. Nós não estamos num caminho em que podemos exigir que o Estado permaneça fiel ao subsídio das ineficiências das várias empresas públicas, porque o Estado não tem recursos para sustentar as ineficiências que existem em várias empresas públicas. Todas as empresas vão ter que passar por transformação semelhante” concluiu.

Vale ressaltar que na semana passada, a TAAG e o Sindicato Provincial do Pessoal Navegante de Cabine (SINPROPNC) reuniram-se para discutir a actual situação da companhia de bandeira angolana, dias após o ministro dos Transportes ter exigido a abertura de conversações.

Segundo um comunicado da TAAG, citado pela Lusa, o encontro entre os responsáveis da companhia aérea e os representantes do SINPROPNC, durou cerca de três horas e serviu para “auscultação mútua e exposição de informação relevante sobre a situação actual da empresa, bem como as preocupações da classe do Pessoal Navegante de Cabine”. O documento adianta que foi estabelecido o compromisso de manter as sessões “para a boa resolução de questões laborais e preocupações relacionadas com o desenvolvimento da companhia”.


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