A ANIESA informou recentemente que a maioria dos matadouros de Luanda funcionam sem condições de higiene e segurança, violando o Decreto-Lei 267/20 de 16 de Outubro, o que constitui a falta de aptidão para garantir a qualidade e sanidade do produto de origem animal que comercializam. Dentre os matadouros com as condições mais preocupantes consta o do mercado do 30, maior fornecer de carne em Luanda.
Niúrka Sanca, responsável do departamento de Segurança Alimentar da ANIESA, revelou recentemente ao Jornal Expansão que as inspecções realizadas nos matadouros pequenos, médios e industriais de Luanda mostraram que 8 em cada 10 não possuem condições de higiene e segurança, as piores condições foram encontradas no matadouro do Rocha Pinto, que os inspectores tiveram de encerrar.
A responsável da ANIESA disse também que, na maioria dos matadouros inspecionados, “não há médicos veterinários para observarem as operações de abate, e poucos conseguiram exibir o guia de trânsito animal”, o que quer dizer que estão a ser negligenciadas a origem dos animais e a respectiva certificação de vacinação e outras condições sanitárias, o caso mais preocupante é o do matadouro do Mercado do KM 30 por ser o maior abastecedor de carne para Luanda.
A Autoridade Nacional deu por isso um período de 60 dias para que os matadouros inspecionados implementem as medidas sanitárias “sob pena de serem encerrados”, e enuncia onde é que os responsáveis dos matadouros devem intervir: “na preservação de condições de higiene na área de trabalho, através da utilização pelos operadores de equipamentos de protecção individual, desde os protectores auriculares, luvas e óculos especiais, ter abundância de água potável, condições de tratamento de águas residuais e lavatórios de mãos”, para além de “casas de banho devidamente equipadas e ausência de animais domésticos nos locais”.
Ao nível do abate, propriamente dito, há também aspectos que os locais que a ANIESA passou a “pente fino” vão ter que mudar, nomeadamente com a “instalação de espaços para descanso e jejum hídrico dos animais, banho do gado antes do abate, rigor no tipo de esfola e adequação de local especializado para o acondicionamento do produto final”, concluiu a inspectora Niúrka Sanca.
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