O grupo folclórico Vindjomba, mostrou-se recentemente indignado com o tratamento que terá recebido nesta segunda-feira, 04 de Abril, na praça de alimentação do Belas Shopping, supostamente por conta das suas vestimentas. Os mesmos destacaram através de uma nota de repúdio que se sentiram descriminados e humilhados.
Magoado, o grupo partilhou nesta quarta-feira (06), uma nota onde descreveu de forma detalhada o episódio que terá sido vivido pelos integrantes no recinto do Shopping, quando se dirigiram ao local para almoçar e comemorar os vinte anos de paz e reconciliação nacional.
“Ainda estamos receosos com o rumo da cultura e com a aceitação dos nossos valores e costumes”, lê-se inicialmente no documento.
O mesmo destaca ainda que a presença do grupo indígena trajado com as cores do Samakaka e o brilho das missangas criou um alvoroço no recinto e que no mesmo instante os integrantes foram interpelados por supervisores e seguranças que os informaram que de acordo as orientações da direção estes não podiam sentar-se juntos, tinham de estar em mesas separadas.
Em obediência as políticas do Shopping o grupo separou-se, porém logo depois, foram alegadamente interpelados novamente e informados que seus pertences de valor cultural (Kimbalas) tinham que ser colocados no chão porque a direção não quis tais utensílios na mesa. Foi então que estes solicitaram a presença de alguém do corpo directivo para esclarecer a situação, mas infelizmente não obtiveram sucesso.
“Por favor não cantem, não toquem o batuque, não falem alto”, pediu um dos seguranças. Composto por oito integrantes, o grupo questionou-se: “Estaremos a viver novos tempos?”.
O AngoRussia contactou a Direção do Belas para dar a sua versão dos factos e, a instituição prontamente respondeu, através de uma nota, que os factos mencionados não correspondem a verdade e que a equipa de vigilância solicitou apenas que o grupo mudasse para duas mesas separadas mais próximas. A mesma nota reforça ainda, que depois do sucedido, estes continuaram no recinto e passearam tranquilamente pelo Shopping.
A Direção destacou que durante 15 anos nunca houve uma situação semelhante, pois, respeita e apoia a cultura nacional e todos os seus “agentes”.
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