Yuri Simão fala sobre posicionamento de Ismael Mateus a respeito da falta de apoio aos artistas locais: “Vai dar maka”


Após o jornalista Ismael Mateus refutar que “não há dinheiro para a cultura em Angola e em contrapartida há sempre pessoas que gasta o pouco que existe com cantores brasileiros de segunda ou com músicos que não residem em no país”, o comunicólogo e criador de conteúdos digitais, Yuri Simão, partilhou o ‘discurso’ do profissional de comunicação e destacou a necessidade de se falar sobre o assunto.

Foto: Reprodução Facebook/ Yuri Simão e Ismael Mateus

Ismael Mateus é conhecido por dar sempre o seu ponto de vista sobre vários assuntos sociais, e desta vez mostrou o seu descontentamento pelo facto de algumas pessoas darem mais valor aos artistas brasileiros ou que vivem fora do país do que propriamente aos músicos locais. O jornalista disse ainda que muitos destes não contribuem nada para a economia nem para a cultura angolana.

“Não há dinheiro para a cultura em Angola mas depois há sempre gente que gasta o pouco que existe com cantores brasileiros de segunda ou com músicos que nao residem em Angola. Os músicos e artistas de um modo geral que batalham no país tem poucas oportunidades. Nunca há dinheiro, mas depois há patrocínios para ir buscar alguém que não contribui nada para a economia nem para a cultura angolana. Cada um faz o que quer com o seu dinheiro, mas ao governo, (AGT, Ministério da cultura) deveria regulamentar a importação de produtos culturais. Trazer alguém de fora para um ambiente onde há excesso de oferta cultural deveria obrigar ao pagamento de impostos e taxas de importação e ao pagamento em moeda estrangeira”.

O jornalista acrescentou que, “A cultura tem de contar com o protecionismo cultural do estado. O protecionismo cultural é adoptado em muitos países com o objectivo de preservar a sua identidade e a indústria cultural da concorrência estrangeira. Tudo o que não seja residente em Angola deve ser tratado como importação de produto produzido em Angola. Proibido, proibido não é, mas deve ser tão caro e tão penalizador que promover o produto “made in Angola” acabe por ser a melhor solução. Deveria pelo menos existir uma reacção pública negativa contra o promotor que trouxe o tal brasileiro que, esse sim, deveria pagar um alto preço econômico e de imagem por abusar da nossa paciência, apesar do direito de usar o seu dinheiro no que quiser. Angolano tem de deixar de ser tão bonzinho nestas matérias. É muito abuso…”.

No seu perfil do Facebook, o comunicólogo Yuri Simão, além de partilhar o descontentamento do jornalista apontou que trata-se de um tema que é preciso falar.

“O Ismael Mateus escreveu isso, vai dar maka só que temos mesmo que falar!”


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