O Governo da província de Luanda vai dar início até final deste mês à cobrança de taxas dos serviços de limpeza e saneamento, de forma a potenciar a receita necessária para uma melhor prestação desses serviços.
O anúncio foi feito hoje pelo governador da província de Luanda, Higino Carneiro, na abertura da primeira reunião do Conselho Provincial de Auscultação da Comunidade, que abordou essencialmente a situação da febre-amarela e da malária na capital angolana, bem como o Plano Provincial de Limpeza Urbana.
Segundo Higino Carneiro, a limpeza urbana de Luanda tem sido feita até agora de forma emergencial, com o apoio da polícia, do exército e da sociedade civil, o que deverá continuar até seja normalizada a situação.
“Exorto a população para continuar a proceder e a agir da mesma maneira, até começarmos a verificar a normalização na prestação dos serviços de limpeza e recolha de resíduos sólidos na província”, referiu o governante.
O governante disse ainda que as autoridades vão trabalhar com os órgãos afins, nomeadamente a comunicação social e empresas contratadas, na divulgação e capacitação dos munícipes sobre as formas e os métodos a serem usados para que “cada um cuide e pague o lixo que produz”.
Higino Carneiro lembrou que o lixo é uma das causas do surto de febre-amarela que a capital enfrenta, desde finais de dezembro do ano passado, com um saldo, até terça-feira, de 230 mortos num total de 1.645 casos.
Acrescentou que com os parcos recursos disponíveis o governo da província decidiu intervir para prover a limpeza urbana na província de Luanda, com apoio da comunidade.
AR/Lusa