Estudantes bolseiros do INAGBE na Argélia clamam por ajuda para regressar a Angola


Um grupo de estudantes finalistas bolseiros do Inagbe na Argélia, clama por ajuda das autoridades do país para que se efetue o seu regresso para Angola. Tendo já consluído as suas formações superiores, e estando sem subsídios já há três meses os jovens manifestaram-se agastados com os constantes adiamentos da viagem.

De acordo relatos, este referido grupo de estudantes tem passado fome e noites ao relento, e por conta disso veem-se obrigados a vender os seus pertences para se suster. Desesperados com a situação a que estão a ser submetidos, os estudantes contactaram o AngoRussia como forma de tornar pública  a situação a fim da informação chegar às autoridades competentes.

Com cartazes em mãos com as mensagens “queremos voltar para angola” e “queremos nossos documentos” os estudantes encontram-se defronte a embaixada de Angola na Argélia com as suas malas, a espera de uma resposta do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo.

“O ano lectivo na Argélia terminou praticamente em Novembro de 2020, o INAGBE comunicou que até 15 de Janeiro começariam a repatriar os estudantes e que até final do mesmo mês já não estaríamos aqui. O que mais nos inquieta é que pedimos os bilhetes de identidade e estes tardaram, ficamos a espera passou o mês de Janeiro, Fevereiro e voltamos a fazer o pedido dos BI’s. Após tanta insistência a viagem ficou marcada para os primeiros vinte dias de Março e caso alguém perdesse o voo a instituição não se responsabilizaria, daí fomos fechar as nossas contas, vendemos os nossos pertences como cama, lençóis, geleiras, loiças e outros eletrodomésticos no intuito de viajar , chegou o dia da viagem e esta não aconteceu e ninguém veio nos dar explicações, estamos a sofrer, a passar fome porque neste ano não recebemos nenhum valor monetário de subsídio, e ainda tem a questão da renovação da legalização, muitos de nós andamos ilegais, as estampilhas para cada folha custa 20 dólares e nós não temos esse dinheiro, pior porque estamos há três meses sem subsídios”, falou um dos estudantes bolseiros finalistas do Inagbe.

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