Escritora moçambicana Paulina Chiziane defende que Língua Portugesa já devia ser instrumento de trabalho da Organização das Nações Unidas


A escritora moçambicana Paulina Chiziane, detentora do prémio Camões 2021, defendeu que a Língua Portuguesa ‘devia ser’ instrumento de trabalho da Organização das Nações Unidas-ONU, no dia 05 de Maio, na cerimónia de entrega do prémio Camões, em Lisboa.

Foto: DR

Questionada sobre a possibilidade de integração da Língua Portuguesa como língua oficial da ONU, em entrevista a DW, Paulina Chiziane, concorda que o desafio lançado pelo presidente brasileiro Lula da Silva, aquando da visita a Portugal, deve ser atendido o mais urgente possível.

Devia ter. São muitos os falantes da língua portuguesa, e sendo uma língua o instrumento de identidade e de dignidade de um povo, nada melhor do que uma organização mundial que tenha esta língua como um dos seus idiomas oficiais, que nos vai incluir a todos. Portanto, é a proposta do presidente Lula e eu concordo perfeitamente e devia se aprovar urgentemente”, disse.

Actualmente a Organização das Nações Unidas tem seis línguas como oficiais, desde o Russo, Árabe, Inglês, Francês, Espanhol, e o Mandarim. A língua portuguesa é falada por mais de 260 milhões de pessoas no mundo, razão pela qual a também activista social defende a sua integração como instrumento de trabalho da ONU.


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