O regulador petrolífero de Angola e a italiana ENI anunciaram hoje que o campo Agogo já entrou em funcionamento, representando um aumento de 10 mil barris diários de produção de petróleo, que pode chegar aos 20 mil.
A intenção é atingir, nos próximos meses, a produção de 20 mil barris de petróleo/dia, refere uma nota do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos a que a Angop teve acesso nesta quarta-feira.
O documento explica que este feito é fruto das sinergias desenvolvidas com a Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Descarga (FPSO) Ngoma, centro de produção do Pólo Oeste, localizada a cerca de 15 km do campo.
O arranque deu-se com a perfuração do poço Agogo-1 a uma profundidade de água de aproximadamente de mil e700 metros e estima-se que o campo contenha reservas na ordem dos 650 milhões de barris de petróleo, com potencial adicional que poderá ser verificado após a perfuração de novos poços de delimitação.
A facilitação e empenho da ANPG, bem como o compromisso da ENI em desenvolver os recursos descobertos por meio do modelo denominado “fast track”, permitiu que em tempo recorde este campo entrasse em produção, explica a nota.
As descobertas ocorridas no Bloco 15/06, nos períodos de pesquisa de 2006-2011 e 2011-2014, levaram à efectivação de dois projectos denominados Pólo Oeste e Pólo Este (West Hub e East Hub), através da instalação de duas FPSOs, que iniciaram a produção, respectivamente, em 2014 e em 2017.
Os dois barcos de produção desenvolvem oito campos através de 42 poços submarinos e a sua produção total no final de 2019 ultrapassou os 180 milhões de barris de petróleo.
Angola confirma-se um país-chave para a estratégia de crescimento orgânico da ENI, onde está presente desde 1980, contando actualmente com uma cota-produção de aproximadamente 145 mil barris de petróleo/dia.
A ENI Angola é operadora do Bloco 15/06 desde 2006, com uma participação de 36.84%, sendo os outros parceiros como a Sonangol P&P com 36.84% e a SSI Fifteen com 26.32%.