A Autoridade Nacional de Inspeção Económica e Segurança Alimentar (ANIESA) negou uma possível subida significativa de preços de produtos da cesta básica, sobretudo do frango e arroz, referindo que denúncias derivam de “ações de açambarcamento” de comerciantes.
Num relatório da ANIESA, citado pelo “Notícias ao Minuto”, a instituição diz que tem recebido denúncias de consumidores sobre a subida de preço de alguns produtos da cesta básica, admitindo, implicações do mercado internacional e a guerra na Ucrânia.
Segundo a ANIESA, os Estados Unidos da América e o Brasil foram registados em Angola, no primeiro semestre de 2022, como os principais exportadores de frango para o país, já a Índia e a Tailândia como principais exportadores de arroz em grão.
Em função da ‘política de contenção’ destes produtos, causado pelo estado actual da economia mundial, a entidade defende que a situação levou à redução da oferta deste bem (arroz) em África e outros mercados, influenciando a subida de preços a nível mundial.
“E especialmente para Angola, derivado da dependência da oferta externa deste produto, estimado acima dos 80%, isto quer dizer que foi aprovado recentemente pelo Governo um montante para colmatar tais situações de desequilíbrio nos valores dos produtos da cesta básica”, refere a entidade citada pela imprensa portuguesa.
O referido relatório, destaca ainda que a Reserva Estratégica Alimentar e o resultado das ações da ANIESA nos maiores distribuidores de produtos da cesta básica demonstram não existir uma subida de preços preocupante e significativa.
Esta autoridade inspectiva referiu, por outro lado, ter consciência que “são nestes momentos que alguns comerciantes se aproveitam da situação mundial, para guardar produtos e passar à prática do açambarcamento”.
Recordou que o açambarcamento é um crime punível pela lei penal angolana e garante combater severamente comerciantes malfeitores e mafiosos, referindo que “este momento agridoce é de curto prazo”.
A estrutura central da ANIESA em Luanda, no decurso do mês de agosto, inspecionou 79 empresas, enquanto nas províncias do Cuanza Norte foram inspecionadas 41 empresas, Malanje (23) e Huíla (20).
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