A Inflação e o desemprego são ambos prejudiciais para o cidadão comum, pois o índice de miséria acaba por medir o nível de desconforto económico de um país. Aplicado a Angola, o índice de miséria atingiu 55,4 pontos percentuais em Março, resultado de uma taxa de inflação anual de 24,9% e de uma taxa de desemprego de 30,5%.
De acordo com o site “Cato Institute”, desde o II trimestre de 2019, data em que o desemprego começou a ser medido regularmente em Angola, o índice de miséria atingiu um máximo de 57,8 % (23,8% de inflação mais 34% de desemprego) no III trimestre de 2020 e um mínimo de 45,6% (16,9% de inflação mais 28,7% de desemprego) precisamente no II trimestre de 2019.
No final de 2020, o índice de miséria de Angola fixava-se nos 55,7% (25,1% de inflação mais 30,6% de desemprego) era o mais elevado entre um grupo de países selecionados pelo Mercado, nomeadamente países que falam português exceto Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor, mais África do Sul e Egipto.
O primeiro índice de miséria foi construído pelo economista Arthur Okun na década de 1960 para fornecer ao presidente Lyndon Johnson um instantâneo facilmente digerível da economia. Esse índice de miséria original era uma soma simples da taxa de inflação anual de uma nação e sua taxa de desemprego. O índice foi modificado várias vezes, primeiro por Robert Barro, de Harvard e depois por Steve H. Hanke.
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