Despedimentos dos funcionários no banco BPC preocupa sindicato bancário


Recentemente, mais de 100 agências do Banco de Poupança e Crédito (BPC), terão sido encerradas e como consequência  geraram despedimentos estimados em mais de mil trabalhadores, como resultado do “Programa de Reestruturação e Capitalização”, o que é para o Sindicato Nacional de Empregados Bancários de Angola (SNEBA), o maior problema, desde a sua criação.

Filipe Makengo, presidente do SNEBA, disse que 2021 foi “um período atípico”, por ter sido marcado pelo agravamento das dificuldades causadas pela pandemia Covid-19, com danos assinaláveis no tecido económico do país, cujos reflexos resultaram no encerramento de vários pontos de atendimento bancários, além do desaparecimento de pequenas e médias empresas.

O sindicalista sublinhou que a implementação do teletrabalho serviu de pretexto, para determinadas administrações justificarem o despedimento de um considerável número de colaboradores, tendo em conta a directiva da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o distanciamento social e protecção de pessoas congregadas.

Filipe Makengo reconheceu a necessidade de um plano de “Reestruturação e Recapitalização” do BPC, face aos graves problemas que se arrastavam, mas considerou-o “dramático”, por visar, numa primeira fase, 1.600 trabalhadores. “Estamos a viver um período difícil, do ponto de vista económico e os despedimentos causaram danos ainda piores no seio de muitas famílias, que ficaram sem fonte de rendimento”.

” Em termos globais, o BPC tem causado mais dor de cabeça, tendo em conta o número elevado de trabalhadores dispensados, num processo desenhado em três eixos, sendo o primeiro visa a implementação do programa de reformas antecipadas, o segundo a rescisão de contratos por mútuo acordo e o terceiro eixo a terciarização dos serviços que não são centrais para o negócio do banco. Infelizmente, na primeira e terceira fases, a direcção do banco entendeu executar o plano com o encerramento de agências, por consequência, o despedimento colectivo de trabalhadores afectos a essas unidades”, teceu.

Em declarações ao Jornal de Angola, Filipe Makengo apresentou o actual quadro económico e social da classe do sistema bancário angolano, composta por cerca de 25 mil trabalhadores, dos quais 75 por cento estão filiados no SNEBA.


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