Cultura e Turismo voltam a estar separados em ministérios diferentes


A Cultura e o Turismo voltam a estar separados em ministérios diferentes. A medida foi anunciada nesta quarta-feira, 27 de Março, pela Presidência da República.

Foto: Ministério da Cultura e Turismo

Foi hoje reconfigurado um departamento ministerial, designadamente a separação das áreas que compõem o actual Ministério da Cultura e Turismo, dando lugar ao  surgimento de dois departamentos ministeriais distintos: Cultura, um, e Turismo, o outro.

O Governo passa assim a contar com 28 ministros, ao invés de 27. Quatro deles são ministros de Estado.

Esta é a segunda vez que João Lourenço decide fazer mudanças nestes ministérios. A primeira foi em 2020 e a segunda em 2022.

Em 2020, o Presidente da República criou um ‘super ministério’, unindo as pastas da Cultura, Turismo e Ambiente, ficando sob a tutela de Adjany Costa, uma jovem bióloga que venceu um prémio das Nações Unidas para os ambientalistas que mais se distinguiram em 2019.

Na altura, o Governo decidiu cortar sete dos 28 ministérios, ficando apenas 21. O objectivo, justificava João Lourenço, era a redução de despesas.

A fusão gerou controvérsias. O primeiro desafio da nova ministra foi um corte nas despesas face à situação económica. Na tomada de posse, Adjany Costa assumiu que ia gerir um orçamento menor. “O orçamento vai ser único. Com a situação que estamos a viver vai haver um corte ainda maior, mas vai haver negociações e vamos ver o que se pode fazer”.

A bióloga ficou pouco tempo na gestão do ‘super ministério’ e foi exonerada seis meses depois. Para o seu lugar, seguiu-se Jomo Fortunato e Adjany foi nomeada consultora do Presidente da República para área do Ambiente. Um ano depois, Jomo Fortunato foi exonerado e deu lugar a Filipe Zau que ainda liderou o ‘super ministério’ até à nomeação do novo executivo em Setembro de 2022.

Por esta altura, João Lourenço, que tinha acabado de tomar posse para mais uma legislatura, decidiu acrescentar dois ministérios. Deixava de existir o ‘super ministério’ e passava a integrar mais dois novos departamentos: Ambiente e as Pescas. Filipe Zau ficou apenas com a Cultura e Turismo e Ana Paula de Carvalho passou a liderar o Ambiente.

Não se sabe ainda quem vai coordenar estes ministérios.

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