Os cientistas do Hospital Universitário de Düsseldorf, na Alemanha, anunciaram nesta segunda-feira, 20 de Fevereiro, o quinto caso no mundo de um paciente que entrou em remissão para o HIV, considerado curado.
De acordo os estudiosos, a cura resultou de um transplante de medula óssea para tratar um quadro de leucemia de um doador com genética resistente ao vírus. O estudo em que relatam o acompanhamento do paciente foi publicado na revista científica ‘Nature Medicine’ nesta segunda-feira.
O homem que entrou em remissão tem 53 anos e foi diagnosticado com leucemia mieloide aguda (LMA), um tipo de câncer, seis meses após dar início ao tratamento para o HIV. Em 2013, precisou passar por um transplante de medula óssea, também conhecido como transplante de células-tronco, devido ao avanço do tumor. Foi quando os médicos buscaram um doador com genética resistente ao vírus.
“Desde o início, o objetivo do transplante era controlar tanto a leucemia quanto o vírus HIV”, disse o médico Guido Kobbe, que realizou o transplante.
Cinco anos depois do procedimento, os especialistas decidiram orientar a descontinuação do tratamento antiviral contra o HIV, mediante acompanhamento constante do paciente. Entretanto, os especialistas não observaram evidências de ressurgimento do vírus no organismo ou de uma resposta do sistema imune ao paciente, o que consideram “fortes evidências de cura do HIV”, segundo escrevem no estudo.
A primeira vez que foi relatado que um transplante de medula óssea levou o vírus à remissão num paciente foi em 2009, quando Timothy Ray Brown, tornou-se a primeira pessoa no mundo a ser considerada curada do HIV, tendo vivido por 12 anos sem o vírus, porém morreu em 2020 em decorrência do câncer. Além de Brown, houve o caso de Adam Castillejo, em 2019, e de uma mulher e um homem, ambos no ano passado, que decidiram permanecer no anonimato.
0 Comentário