Cidadãos acusam mentor dos projectos “Planalto do Kinu e Minha Casa” de ser burlador


Um grupo de indivíduos acusa o proprietário das empresas Brightnesskinu Comércio e Prestação de Serviço e Kiv Imperial, que dedica-se nas áreas de construção e imobiliária, Rosário Kivota, de ser burlador  após este não ter cumprido com acordos dos projectos “Minha Casa” e do “Planalto do Kinu” lançados em 2020.

Agastados com a situação que vêm vivendo desde Maio do ano corrente, os compradores das residências do projecto “Minha Casa” que seria lançado no interior do projecto Nova Vida, Município do Kilamba Kiaxi, para a construção de 99 apartamentos, com tipologias T2, T3 e T4 e do projecto “Planalto do Kinu” localizado no Jardim  de Rosas, área comercial A21, os cidadãos contam que para aderir aos mesmos era necessário fazer o pagamento do valor de entrada de acordo as diferentes tipologias e, na esperança de realizar o sonho da “casa própria” muitos fizeram o pagamento no início de 2020 e outros no início no ano corrente (2021), com o compromisso de se fazer a entrega das residências no prazo de um ano, o que não aconteceu.

Os mesmos contam que para aderir a um apartamento T3 era necessário um valor inicial de 4 milhões de kwanzas e 5 milhões de kwanzas para um T4, com a garantia de receber o imóvel em um ano após o pagamento, que corresponde a Maio do ano em curso.

“Actualmente, é importante que as autoridades notifiquem a empresa e tornem pública a situação para que outras pessoas não se deixem levar por esta publicidade enganadora sobre o projecto Planalto do Kinu e Minha Casa do Rosário Kivota. Acredita que mais de 65 pessoas estão na mesma situação tantos dos projetos Minha Casa e Planalto do Kinu. Para pessoas que aderiram o projecto do Planalto do Kinu em Maio de 2020 para um apartamento com valor inicial de 4 milhões para T3, e 5 milhões para T4 a receber em um ano, neste contexto, a receber em Maio de 2021; Acreditem que ate ao momento nenhum bloco foi lançado e não existe data para o mesmo”, disseram.

Por incumprimento contratual por parte da entidade promotora  Brightnesskinu Comercio & Prestação de Serviços, Lda– Projecto Planalto do Kinu, por falta de início das obras, bem como, a inexistência do horizonte temporal para entrega formal dos imóveis, depois de atingir o tempo limite, terem várias conversas com os responsáveis, os lesados decidiram pedir o reembolso dos valores avaliados em mais de 350 milhões de kwanzas, e tiveram como resposta um comunicado enviado pela administração do Planalto do Kinu datado do dia 11 de Março de 2021, onde assumiam os transtornos causados e marcavam um encontro com os mesmos para o dia 26 de Maio do corrente ano.

Segundo contou um dos lesados que preferiu não ser identificado, passado mais de 40 dias alguns foram contactados para uma reunião com a área Jurídica para uma suposta negociação sobre a devolução dos valores. No encontro ficou acordado que o valor seria devolvido de uma vez num período de 90 dias, isto é, de 26 de Maio à 26 de Agosto de 2021, o mesmo documento terá sido assinado pela Directora Geral, Erica Josefa Daniel Dinis Miguel.

Após alguns contactos mantidos, a empresa passou a dar outras justificações no que concerne ao compromisso da devolução dos valores aos clientes, o que os levou a uma conversa com a Directora Geral Erica Miguel via whatsapp no dia 10 de Agosto que os informou que deviam dirigir-se ao escritório da instituição para obter mais informações sobre o assunto. Posto lá, não tiveram quaisquer informação a respeito, pois nenhum funcionário (call center, comercial e outros) conseguiam dar explicações.

Depois de várias tentativas para reaverem os seus valores, o grupo de indivíduos descobriu que a empresa trocou de funcionários e de escritório, então decidiram manter contacto directo com o proprietário da empresa Rosário Kivota, que garantiu que devolveria os valores em três prestações.

“Após algum tempo muitos decidimos manter o contacto directo com o Rosário Kivota através da secretaria e Sra. Florencia que vem escondendo o burlador… conversa essa mantida no escritório secreto na Cidade Financeira e que deu em nada, ou seja, Rosário Kivota promete, diz que vai cumprir e não o faz. Há provas concretas sobre a conversa mantida com o Rosario Kivota e a Florencia, existe conversa gravada com os mesmos. Por exemplo: em um dos acordos feitos em conversa com Rosario Kivota o mesmo garantiu cumprir com o pagamento em 3 partes, isto é, 1ª no final de Outubro, 2ª em Novembro e a última em Dezembro”, contaram.

Os clientes dos projectos referidos alegam que actualmente Rosário Kivota é escoltado por policias.

“Rosário Kivota é altamente burlador e a sua secretária  Sra. Florência vem o encobrindo com mentiras. Com isso, surge várias perguntas: afinal de contas quem é o Rosário Kivota e onde é que está? Porque o Rosário Kivota não aparece da mesma forma que fez a publicidade enganadora? Quem está por detrás desse projecto “Planalto do Kinu” e do “Minha Casa”? Onde foi o dinheiro das pessoas (65 ou mais pessoas) que aderiram o projecto dos apartamentos do Planalto do Kinu  e do Minha Casa? Onde está a justiça? Porquê das falhas no processo de devolução dos valores? Quantas famílias foram enganadas e quantas ainda serão enganadas? Será uma rede de burladores? Como é possível um burlador andar escoltado por polícias?

Até o momento desta publicação, a equipa do AngoRussia procurou ouvir a parte acusada, mas sem sucesso.


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