Após mais de 30 anos, China põe fim à política de filho único


O Partido Comunista chinês decidiu abolir com a política do filho único e autorizará pela primeira primeira vez em mais de 30 anos que os casais tenham dois filhos, segundo um comunicado do Partido Comunista divulgado pela agência oficial Xinhua. A reforma, que põe fim a controvertida política que limitava os nascimentos no país, foi anunciada na reunião anual do Partido diante de preocupações sobre a desaceleração da economia do país.

bebe chines

A China anunciou oficialmente o fim da política de filho único e que a partir de agora todos os casais vão ser autorizados a ter dois filhos.

A decisão, histórica, surge dois anos depois de uma primeira alteração à lei – os casais em que um dos membros fosse filho único podiam ter um segundo – e tem por objectivo corrigir os desequilíbrios demográficos. A população chinesa está a envelhecer e o número de homens ultrapassa largamente o de mulheres, um desequilíbrio provocado pela vontade dos casais de terem filhos rapazes e que levou a uma série de comportamentos, entre eles abortos selectivos e infanticídio.

A controversa política do filho único foi introduzida em 1979 para reduzir a elevadissima taxa de natalidade e abrandar o crescimento da população. Estima-se que, se esta política não tivesse sido posta em prática, tivessem nascido mais 400 milhões de pessoas na China.

Ao longo das décadas, esta política foi sendo suavizada, sobretudo em províncias onde a falta de reposição de gerações foi mais sentida. O nascimento de um segundo filho foi também permitido mediante um pagamento e, há dois anos, os casais em que um dos membros era filho único foram autorizados a ter uma segunda criança.


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