Angola pode atingir meta de 999 postos de combustível em 2015


Manutenção do ritmo de crescimento até Agosto vai permitir que, no próximo ano, o País atinja a meta estabelecida pelo Governo. O próximo objectivo será alcançar 1.326 postos em 2017. Tempo das longas filas está cada vez mais longe.

expansao

O Executivo está a 14%, ou 142 postos, de cumprir o objectivo lançado em 2009 de ter, em 2015, 999 postos de abastecimento de combustível no País. Actualmente, há 857, depois de, nos primeiros oito meses do ano em curso, se ter registado um incremento de cerca de 15% no número de postos, face a Dezembro de 2013, quando se contabilizavam 743.

Se se mantiver o ritmo de crescimento dos primeiros oito meses do ano, será possível alcançar o objectivo do próximo ano e caminhar para a próxima meta, prevista para 2017, de 1.326 postos. O esforço feito no crescimento da rede é reconhecido pelo presidente da Associação dos Camionistas de Angola (ACOMA), António Martins, que, contudo, alerta para a necessidade de se apostar na construção de postos de abastecimento em vias intermunicipais e interprovinciais.

Apesar da expansão, ainda existe grande distância entre os postos nas estradas nacionais e intermunicipais, afirma ao Expansão.

Sonangol próxima dos 500 postos

A associação já apresentou esta preocupação à Sonangol Distribuidora, que, segundo António Martins, reconheceu a lacuna e garantiu que a procura de uma solução faz parte das preocupações e dos projectos da empresa. A Sonangol Distribuidora é a dona do maior número de postos. No total, detém 489 (cerca de 57% do total), mais 4,7% face a Dezembro.

Por sua vez, a rede da Pumangol passou de 63 para 67 postos (um aumento de 6,3%), enquanto a da Sonangalp cresceu 56%, passando de 28 para 43 postos de abastecimento. No caso dos postos conhecidos como de bandeira branca (sem logótipo ou marca definidos), registou-se um crescimento de 38,7%, passando de 186 postos para 258, dos quais 85 são feitos de raiz e 173 funcionam em contentores.

Luanda tem um terço do total de postos

No que diz respeito à distribuição geográfica dos postos, em Luanda estão concentrados 33% do total, ou seja, 285. Na província de Benguela há 76 (8,8% do total). Desde Dezembro de 2013, a rede de postos nestas províncias cresceu, respectivamente, 17,2% e 20%.

Uíge e Kwanza Sul sofreram reduções

Seguem-se as províncias do Huambo, com 66 postos, da Huíla, com 65, e do Uíge, com 47.

Comparativamente a Dezembro de 2013, o Huambo ganhou seis postos e a Huíla 11, mas, no Uíge, houve uma redução geral de cinco postos, depois de terem encerrado sete de bandeira branca e nascido dois e contentores (havia apenas um deste tipo).

Para além da província cafeícola, também o Kwanza Sul sofreu uma redução na sua rede de postos de abastecimento, ainda que ligeira, de 44, em Dezembro, para 43, no final de Agosto.

Na origem desta quebra, está o facto de a Sonangol ter fechado quatro postos (passando a ter 23) e a Sonangalp dois (detendo quatro, no final de Agosto). Em contrapartida, surgiram cinco novos postos de bandeira branca, passando a haver nove, no total.

No que diz respeito a objectivos, a Pumangol, em finais de 2013, anunciou que investiria cerca de 5,8 mil milhões Kz (59,3 milhões USD) em 11 novos estabelecimentos até ao final de 2014, no âmbito do projecto de expansão da empresa.

Na altura, tinha 62 postos, o que se significa que deverá falhar o objectivo.

Madrugadas nas filas são cada vez mais raras

O reforço da rede tem aliviado a vida dos angolanos, em geral, mas ainda há quem se lembre das longas filas que, até há pouco tempo, os automobilistas faziam para abastecerem de combustível as suas viaturas.

Muitas vezes, a única forma de garantir o abastecimento era madrugar para ir à bomba. Na cidade fronteiriça de Santa Clara, no Cunene, por exemplo, os postos de abastecimento da vizinha Oshikango, na Namíbia, eram muitas vezes a alternativa dos automobilistas. Actualmente, o cenário é totalmente diferente.

O Cunene deixou de ter apenas um posto de abastecimento. Em Luanda, o cenário mudou radicalmente, com o crescimento da rede. E este desenvolvimento acabou por afectar outro negócio – a venda de combustíveis em recipientes nas próprias estradas e ruas da capital.

Por: expansao


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