O número de crianças angolanas que morrem antes dos cinco anos, e que era de 44 por cada mil nados vivos, reduziu-se significativamente face aos últimos cinco anos, quando aquele valor era de 115 por cada mil.
Os dados constam do Inquérito de Indicadores Múltiplos de Saúde (IIMS), realizado entre 2015 e 2016, pelo Instituto Nacional de Estatística de Angola (INEA), em colaboração com o Ministério da Saúde de Angola, e assistência do Banco Mundial, Organização Mundial da Saúde (OMS) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Os resultados do inquérito, que hoje foram apresentados, permitiram calcular diretamente as taxas de mortalidade neonatal, pós-neonatal, infantil, pós-infantil e infanto-juvenil, com base no historial de nascimentos.
O inquérito revela que entre 2011 e 2015 estima-se que a taxa de mortalidade infantil (probabilidade de morrer durante o primeiro ano de vida) seja de 44 mortes por cada mil nados vivos e a taxa de mortalidade infanto-juvenil (probabilidade de morrer antes de completar os cinco anos) seja de 68 mortes em cada mil crianças nascidas vivas.
Para a mortalidade neonatal (probabilidade de morrer antes de atingir um mês de vida) está estimada em 24 mortes por cada mil nados vivos, enquanto a mortalidade pós-neonatal (probabilidade de morrer entre o primeiro mês de vida e antes de completar um ano) estima-se em 20 óbitos para cada mil crianças nascidas vivas.
“Em cada 1.000 crianças que completam o primeiro ano de vida, 25 morrem entre o primeiro e o quinto aniversário (1-59 meses)”, adianta ainda o documento.
O IIMS 2015-2016 tem como objetivo fornecer informações atualizadas relativamente à situação dos homens, mulheres e crianças e medir o estado atual dos indicadores-chave, que vão permitir Angola avaliar os progressos alcançados no que diz respeito aos Objetivos do Desenvolvimento do Milénio e ao Plano nacional de Desenvolvimento Sanitário 2012-2025.
Numa comparação com cinco países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) – Namíbia, Zâmbia, República Democrática do Congo, Lesoto e Moçambique -, o inquérito revela que Angola está atrás apenas da Namíbia.
Lusa