Ludmila Kiteculo dá detalhes do projecto ‘Empoderamento da Mulher Albina’ e reforça: “Somos alvos de muitos estereótipos”


Com objectivo de mostrar para as pessoas que a diferença faz o mundo e levar o aprendizado, esclarecimentos e troca de experiências sobre o que é ser albino e viver com albinismo, a escritora Ludmila Kiteculo vai apresentar no dia 27 do corrente mês, o projecto “Empoderamento da Mulher Albina”, em Luanda.

Foto: Cedida

Em declarações ao AngoRussia, a escritora deu alguns detalhes do projecto e contou como surgiu a ideia de criá-lo. Ludmila fez saber que o “Empoderamento da Mulher Albina” vai mostrar ao mundo que as diferenças precisam ser respeitadas.

“É um projecto que será apresentado no evento do dia 27 de Setembro. Vai parecer estranho, eu estava a dormir e simplesmente acordei para urinare e veio-me à cabeça, a vida da mulher albina, o resto fui amadurecendo. Decidi apostar nesse projecto, primeiro porque sou albina e sempre sonhei em mostrar a todos que a diferença faz o mundo e que todos precisam ser respeitados independentemente da sua condição”, contou.

Questionada se acredita que a mulher albina precisa fazer um esforço maior para se destacar no mercado ou entre outras mulheres, Ludmila Kiteculo foi directa ao responder que “sim”, e justificou que isto acontece “porque somos alvos de muitos estereótipos”.

A jovem falou ainda que sente que existe a necessidade de serem realizados eventos do género para a consciencialização das pessoas, pois, mesmo com o fácil acesso à internet, as informações precisam ser amadurecidas e, nem todos gostam de procurar. “Se é possível transmitirmos de forma mais fácil, resumida e com exemplos práticos, melhor”.

Durante a conversa, Ludmila destacou os principais desafios que uma mulher albina enfrenta, tendo sublinhado que algumas são usadas como objectos de desejos.

“A mulher Albina passa por vários desafios, muitas de nós somos usadas como objecto de desejo e depois abandonadas, em alguns lugares do mundo, algumas mulheres são violentadas, alegando que ter relações sexuais connosco, pode curar doenças como VIH Sida”, disse.

Ludmila Kiteculo apelou as pessoas a aderirem ao evento e especialmente ao projeto “Empoderamento da Mulher Albina”. “Estamos numa época em que é muito importante ter conhecimento abrangente sobre várias temáticas e o albinismo parecendo que não, ainda é um tema debatido com pouca frequência causando assim, muitos tabus ao redor das pessoas com albinismo, desta feita convido-vos a abraçarem esse projecto para juntos podermos desmistificar ao mundo tudo que é contraditório”.


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