Em celebração a sua décima primeira edição, enquanto um dos eventos de moda mais conceituados em Angola, o Moda Solidária rendeu homenagem nesta sexta-feira, 4 de fevereiro à ex-top model angolana Karina Silva com o melhor da moda nacional, num evento que aconteceu sob o comando de Bráulio Anderson e Micaela Reis, no hotel Palmeiras, Talatona, em Luanda.
A actividade que contou com presenças especias de Neide Sofia, Gregório Artur, Cilana Manjeje, Érica Nelumba e Liriany Castro, teve duração de uma hora e meia, e exibiu coleções nacionais e internacionais.
No início do desfile, a modelo homenageada teve a oportunidade de ver um vídeo que retrata a sua história, e “caiu” em lágrimas de emoção .
Questionada sobre como olha para o seu percurso enquanto modelo, a cantora respondeu orgulhosa que sente que deu o seu melhor para influenciar jovens que hoje também brilham em passarelas, apesar dos altos e baixos que teve de enfrentar para chegar onde chegou.
“Eu sinto que dei o meu melhor, trabalhei em prol da moda durante estes anos todos ajudei e convenci muita gente a entrar no meu mundo, que é um mundo maravilhoso até para a solidariedade, antigamente nós tinhamos muitos modelos, mas pouca aceitação hoje em dia já somos aplaudidas, os estilistas são muito mais profissionais e reconhecidos, algumas destas modelos eu vi a crescer, a puxar saia para serem modelos também, hoje já são tops, eu sinto que eu fiz o meu trabalho bem com muitas dificuldades e altos e baixos, desapareci, fiquei gorda, magra, mas eu aguentei firme”, começou por dizer.
Karina testemunhou ainda que a morte da mãe influenciou bastante para o estado da sua saúde, um dos principais motivos que a fez afastar-se dos holofotes, e que sente-se honrada pela homenagem.
“Agradeço, eu chorei de emoção, nãe é fácil chegar até aqui onde cheguei, com muita dificuldade, com muitas bençãos, não posso reclamar tive muitas lutas e para quem tem o sonho de chegar onde eu cheguei seja firme continua, parabéns ao Hadja Models mais uma vez ,estou sem palavras”, respondeu grata.
O mentor do projecto e CEO da agência Hadja Models, Hadjalmar El Vaim, mencionou o tralhalho árduo que houve por trás dos resultados apresentados durante o evento e destacou ter sido difícil conseguir as parcerias.
“Foi árduo como sempre, foi difícil pricipalmente porque estamos a vir do mês de janeiro, era um mês de muita dificuldade económica, então conseguir os parceiros, conseguir os apoios para fazer uma actividade como esta não foi fácil”, confessou.
Para a próxima edição prevista para 2023, Hadjalmar não adiantou muita informação de como será de concreto, porém frisou que a ideia é poder atender as principais necessidades dos lares e não só, continuar a trabalhar em prol da dinámica do país.
“Não sei dizer ainda de concreto, a cada edição nós começamos a pensar na outra, assim que terminar vamos começar a sonhar numa próxima, mas as 10 edições passadas antes da 11ª nós ajudamos um lar, uma instituição e é a primeira vez que homenageamos uma figua da moda e fizemos isso por causa do momento difícil que a Karina atravessa, a próxima quem sabe deverá ser por isso ou uma outra, quando houve a seca no Cunene ao invés dos lares nós direcionamos as ajudas para as vítimas da seca, quando houve as vítimas da cheia em Benguela ajudamos as vítimas da cheias, então nós olhamos um bocadinho para aquilo que é a realidade e para os problemas actuais do país”, completou.
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