Masta defende que em Angola deveria ter uma rua denominada ‘Força Suprema’: -“O nosso trabalho não foi bem reconhecido”


O artista angolano Masta, um dos membros do colectivo de rap ”Força Suprema”, falou recentemente sobre o contributo do grupo na formação da opinião pública e para a cultura angolana, tendo oportunamente considerado que precisam ser ainda mais valorizados a nível nacional.

O cantor que actulmente tem seguido uma carreira à solo, recordou a forma como a Força Suprema influenciou positivamente o público com letras que transmitem ensinamentos e motivação para o dia a dia.

“O nosso trabalho não foi bem reconhecido, eu digo isso por causa da dimensão, da grandeza, da intensidade do profissionalismo, a coragem, da força como a gente fez a Força Suprema, ou como a gente se entregou nesta vida. A partir do momento em que a nosso trabalho começou a fazer parte dos ensinamentos da nossa cultura, da motivação do dia a dia de quem nos ouve, acho que o nosso país deveria abraçar e resguardar de uma forma diferente. Isto falando ainda dentro do Ministério da Cultura, porque até o nosso povo é que estão lá e fazem parecer que realmente resultou”, começou por dizer.

Masta que participou do programa online “Com Você”, do Lifestyle Portugês, referiu que o grupo Força Suprema merecia ter mais valorização a nível do país por considerar ter dado muito de si para a cultura local.

“Eu uma vez disse assim, acho que devíamos estar nas ruas, em Angola deviam fazer ruas com o nosso nome, com o nome Força Suprema, porque as flores são para serem cheiradas enquanto estamos vivos não é depois de
morrer. Não falo só da Força Suprema, tem outros mais velhos que já partiram e fizeram Angola dançar e entreteram-nos, acho que merecem um pouco mais, porém sem esperar por isso eu continuo a dar o meu máximo”, frisou.

O artista disse também que o grupo já foi censurado muitas vezes por entidades da “elite” e reconheceu o apoio do público para que permanecessem no mercado até hoje.

“A Força Suprema bateu de frente com muitas entidades que muitas vezes estão na frente destes grandes festivais que tentam nos censurar, mas a força do povo é que faz com que a gente consiga andar nos bairros. Eu acho que a Força Suprema é um grupo único e não há de existir mais, com todo respeito por todos os músicos todos os ‘putos’ que nós motivamos se calhar veem-nos como inspiração, mas não há de existir mais, por causa da consistência e da forma como a gente trouxe o grupo Força Suprema, é único, é diferente, porque para existir teriam que viver o que nós vivemos e não tem como”, comentou.


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