DJ Dias Rodrigues e Extremo Signo reagem à informação sobre proibição do uso de câmaras de vigilância para controlar trabalhadores


Após o AngoRussia ter publicado nesta quinta-feira, 14 de Março a informação sobre a Nova Lei Geral de Trabalho proibir instalações de câmaras de vigilância no local de trabalho para controlar os trabalhadores, DJ Dias Rodrigues e o rapper Extremo Signo emitiram suas opiniões sobre o assunto e reforçaram que para tomar uma decisão do género é preciso pensar noutras questões.

Foto: Instagram (DJ Dias Rodrigues/ Extremo Signo)

Dias Rodrigues evidenciou as dificuldades que os empresários enfrentam para tirar a mercadoria de um lugar para o outro e os impostos que geralmente são pagos.

“Quem disse que uso de câmaras numa empresa é para controlar, trabalhadores? Vocês têm noção do que o empresariado gasta para mandar vir mercadoria, pagar alfândega, AGT, para depois serem assaltados? Antes de tomarem decisão, pensam ainda bem”, apelou.

Já Extremo Signo foi mais adiante e reforçou que esta nova medida pode influenciar na exploração dos trabalhadores e furtos dentro da empresa.

“Essa nova lei geral, nesse ponto em específico, remete-me a pensar em duas coisas: 1º) Sem câmaras não terão como registar provas de exploração nas empresas de domínio estrangeiro (com ‘possíveis’ sócios angolanos) em que haja trabalho escravo, ou seja, os chineses, indianos, libaneses, mauritanos, etc, vão poder continuar a explorar o nosso povo a vontade. 2º) Isso faz-me pensar noutro ângulo das coisas e pensar na frase: ‘o povo é o reflexo do seu governo’. Ou seja, agora querem que os trabalhadores em geral também possam roubar sem serem vistos. E a Isso é o que chamo de igualdade de direitos”

Refira-se que, o director do Gabinete Jurídico e Intercâmbio do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), David Kinjica, esclareceu que o uso dos meios de videovigilância, previsto no art.º 26, apenas será permitido quando for para garantir a segurança dos funcionários, bens e meios de produção.

“Não pode ser usada como se fosse um ‘Big Brother’ no local de serviço, apenas para garantir a segurança dos meios de produção, das pessoas e das instalações”, esclareceu.


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