“Se não fosse o basquetebol teria ido à tropa e se calhar, não teria hoje um pé ou uma mão”, diz Miguel Lutonda


O ex-jogador do 1º de Agosto e capitão da Selecção Nacional, Miguel Lutonda, que chegou ao mundo da bola-ao-cesto por influência de um amigo e colega de escola no Njinga Mbandi, Victor, confessou recentemente, que o basquetebol angolano pode voltar a recuperar a sua hegemonia no continente africano e deixou claro que não vai ser assim tão cedo.

Foto: Facebook (César Esteves)

O Também conhecido por General, devido a sua capacidade de lançamento na linha dos dois e dos três pontos, conquistou vários títulos nacionais e internacionais. Durante uma entrevista publicada pelo jornal O País, Lutonda revelou que se não fosse pelo basquete teria trilhado o caminho da militância.

“Na verdade, tive uma infância extremamente complicada, visto que, na altura, o nosso país se encontrava em guerra civil. Havia o recolher obrigatório. Não se podia estar nas ruas às altas horas da noite. Além disso, não tinha ténis para calçar. Digo sem rodeios, foi uma fase muito difícil da minha vida, se não fosse o basquetebol teria ido à tropa. Se calhar, não teria hoje um pé ou uma mão. Então, essa modalidade foi determinante para a minha vida e, graças a este desporto, hoje sou o homem que sou”, contou.


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