O serviço militar obrigatório passará a ser um dos requisitos de ingresso para os indivíduos que pretendam ingressar no Ministério do Interior, para garantir a entrada de cidadãos com “suficiente idoneidade moral”.
O anúncio foi feito hoje pelo ministro do Interior de Angola, Ângelo Veiga Tavares, ao proceder ao balanço das atividades exercidas durante o ano que agora finda, numa cerimónia de cumprimentos de fim de ano.
O governante frisou que esta obrigação irá permitir consolidar o nível de educação patriótica dos efetivos, acrescentando que o atual modo de ingresso nos órgãos e serviços executivos do Ministério do Interior tem sido uma das causas geradoras de “constrangimentos e certa indisciplina”.
Ângelo Veiga Tavares adiantou que no início de 2017, todos os órgãos do ministério deverão fazer a avaliação de desempenho dos seus efetivos e os processos de promoção deverão ser precedidos de abertura de concursos para o efeito.
“Teremos que ser mais exigentes. Os chefes, a todos os níveis, têm de lançar mãos ao regulamento de disciplina e expurgar do seio das nossas instituições todos os efetivos que assumam comportamentos indecorosos”, afirmou o ministro.
Para o combate à má conduta dos efetivos, o ministro disse contar com o apoio da população, que deve denunciar os casos que a sociedade registe, para que exemplarmente os mesmos sejam punidos.
Relativamente aos desafios para o novo ano, Ângelo Veiga Tavares disse que toda a atenção do Ministério do Interior estará virada para o asseguramento das eleições gerais de Angola, agendadas para agosto de 2017.
Apontou ainda a melhoria da qualidade e formação dos efetivos do Serviço de Investigação Criminal (SIC), para dar resposta sobretudo aos crimes violentos que o país tem registado nos últimos tempos, cujas cifras do último trimestre apontam para um relativo aumento.
O governante angolano disse que é preciso ser dada maior atenção ao roubo de viaturas, geralmente concorridas com homicídios e as violações sexuais, particularmente de menores, a sua maioria praticadas por pessoas conhecidas e familiares.
Lusa