Os moradores das centralidades e de algumas zonas nobres de Luanda poderão pagar menos de três mil Kwanzas, ao contrário dos 15 e 10 mil Kwanzas propostos inicialmente pelo governador da província.
De acordo com o jornal OPais, o Conselho de Ministros deverá aprovar nos próximos dias, a nova Taxa de Limpeza para os habitantes da cidade de Luanda, consubstanciada numa redução de mais de 80 por cento nos valores inicialmente avançados pelo governador Higino Carneiro. As alterações que se verificam nos preços, de acordo com fontes deste jornal, estão muito aquém das propostas iniciais. Ao contrário dos 15 mil e posteriormente 10 mil Kwanzas propostos para os moradores das centralidades do Sequele, Kilamba, distritos urbanos de Luanda e alguns condomínios, O PAÍS apurou que os seus moradores deverão pagar até 2500 Kwanzas, caso a proposta do Decreto Presidencial seja aprovada esta semana.
A mesma tarifa será extensiva às urbanizações Vida Pacífica, Talatona e Nova Vida, assim como alguns bairros do Benfica, Futungo e Morro Bento. Os habitantes dos três municípios mais populosos do país, nomeadamente Viana, Cazenga e Cacuaco, deverão pagar 1500 Kwanzas. O mesmo preço que terá sido estipulado para os que residem no município de Belas.
Mas, os moradores das urbanizações e condomínios erguidos nestas localidades deverão contribuir acima do valor proposto pela equipa do Ministério das Finanças e do Ambiente que trabalham na referida proposta. Os municípios da Quiçama e Icolo e Bengo manter-se-ão com os valores inicialmente avançados pelos responsáveis do Governo Provincial de Luanda: portanto, 500 Kwanzas. De acordo com informações apuradas por este jornal, as propostas para a cobrança às grandes, médias, pequenas e micro-empresas terão conhecido um “ligeiro” acréscimo.
A ideia inicial sugeria 150 mil, 35 mil, 16 e 10 mil Kwanzas, respectivamente. Os técnicos do Ministério das Finanças terão feito um incremento acima dos 14 mil Kwanzas para as grandes, cinco mil para as médias, dois mil para as pequenas e dois mil e 500 Kwanzas para as micro-empresas. O dinheiro será depositado numa conta do Governo Provincial de Luanda, porém supervisionado pelo Ministério das Finanças. Tal como avançara numa entrevista a OPAÍS, o secretário de Estado do Ambiente, Syanga Abílio, o pagamento será feito através das facturas de electricidade distribuídas pela Empresa Nacional de Distribuição de Energia (ENDE). Os cidadãos que estiverem desprovidos deste serviço terão à porta empresas que serão subcontratadas para recolher as tarifas. O PAÍS apurou que será estabelecido o dia 15 de cada mês como o prazo máximo para o pagamento da taxa de cobrança a nível da capital do país.