A revista Vogue Itália, considerou a estilista Rose Palhares, como uma das mais interessantes designers angolanas e louvou o seu trabalho como talento a seguir. Segundo a Vogue, a última colecção Primavera/Verão de Rose Palhares “mistura o novo com o velho, utilizando os tradicionais e coloridos padrões Africanos com silhuetas contemporâneas”.
71071
Nascida em Angola e formada no Brasil, Rose Palhares natural de Luanda está entre os nomes emergentes mais reconhecidos da indústria de moda Angolana. O país africano lusófono está neste momento a atravessar um renascimento económico e cultural, isso incluí a indústria da moda que não se tem mantido estéril.
Para a sua colecção primavera/verão, Palhares mistura o novo com o velho, utilizando os tradicionais e coloridos padrões Africanos com silhuetas contemporâneas, assim como uma visível influência ocasional de estilo esportivo.
Rose revelou durante a entrevista que a sua colecção é produzida em Angola no seu atelier de Luanda. Sobre os principais tecidos utilizados nas suas colecções a estilista diss que: “Por norma é uma grande variedade de tecidos Africanos, seda, caxemira e sablé algodão, tentando sempre implementar algo de inovador”.
Qual é a história por detrás da colecção primavera/verão Rose Palhares?
Senti uma necessidade de parar de trabalhar com tecidos Africanos, porém não queria descarta-los. Assim sendo, decidi embeleza-los, arranjando uma forma que realçasse as suas cores. No final, consegui criar uma colecção colorida e intemporal – que é sem dúvida, até á data, uma das minhas favoritas.
Muitos designers Africanos criam peças feitas á medida, no entanto, você cria pronto-avestir. Como responde o mercado local a isso?
Eu faço pronto-a-vestir, mas também roupa á medida, uma vez que funciona muito bem no nosso país, e é um produto bastante requisitado. Portanto, no que toca a pronto-a-vestir ou feita-á-medida, diria que uma é o meu sonho, e a outra uma necessidade.
O que é mais inspirador em Angola?
Para mi a força da mulher Angolana, o clima e a gastronomia. É algo que só se compreende totalmente quando se visita Angola, tem de ser experiencidado.
Como imagina a indústria de moda Angolana nos próximos cinco anos?
Espero que se encontre longe, e significativamente maior. Precisamos fazer da moda um grande negócio. Estou a tentar prestar o meu contributo. Consigo ver que a indústria está a crescer neste preciso momento, uma vez que existem cada vez mais pessoas a envolver-se com moda.
Para terminar a entrevista a estilista angolana revelou que gostaria de colaborar comos designers Valentino e Elie Saab.