Luanda está parada. Os taxistas estão em greve. Não há gimbey, nem acaba de me matar muito menos quadradinho. Está tudo parado. Em causa está o problema das paragens. Pois a nova associação dos taxistas denominada “Nova aliança dos taxistas” exige paragens próprias para os táxis, visto que, em qualquer lugar onde param são supostamente multados.
No palanca, Golfe 2,Viana, Congolenses, aeroporto e outras artérias da cidade os taxistas em greve estão a tirar da via os colegas que insistem em fazer táxi, retirando à força os passageiros dos transportes. Mesmo os carros pessoais cujo número de pessoas a carregar são elevados, os taxistas e cobradores mandam parar, alguns com violência e obrigam os de mais a descerem.
As paragens estão todas cheias, uns já desistiram e não vão mais aos seus postos de trabalho por falta de táxi, outros nem a escola vão.
O presidente da Associação de Taxistas de Luanda, Manuel Faustino, disse à Lusa que tinha conhecimento da intensão de se realizar hoje a greve, embora não tivesse participação.
“Não colaboramos, não somos os promotores, mas temos conhecimento que haveria de haver e que está acontecer”, disse Manuel Faustino, apelando aos taxistas para um encontro ainda hoje para ouvir as reivindicações e encontrar soluções.
Como resultado da greve, observou-se hoje, sobretudo durante a manhã, grandes aglomerados de pessoas nas paragens de táxis, postos de trabalho vazio, escolas sem alunos e professores, pessoas voltando para as suas casas, pois ficaram por mais de duas horas na paragem e acabaram desistindo.
