Nelson Mandela não quer que as filhas tenham poder sobre as suas finanças, afirmou um dos advogados do antigo presidente sul-africano em documentos judiciais relativos ao processo legal sobre os bens de Mandela.
“O Sr. Mandela deixou claro a Makaziwe e a Zenani (suas filhas) que não as queria envolvidas nos seus negócios”, disse Bally Chuene num depoimento a que o jornal ‘Star’ teve acesso.
“As únicas pessoas que ele queria envolvidas eram eu próprio, o advogado Bizos … e outras pessoas que ele nomeou”, acrescentou.
Chuene é um dos administradores nomeados por Mandela para gerir os seus fundos de investimento, Harmonieux Investment Holdings e Magnifique Investment Holdings, avaliados em mais de 1,7 milhões de dólares (cerca de 1,3 milhões de euros).
Em abril, Zenani e Makaziwe iniciaram um processo judicial para que Bally Chuene, George Bizos e Tokyo Sexwale (ministro sul-africano) saíssem do quadro de administração dos fundos de Mandela.
As duas filhas do antigo presidente sul-africano afirmam que os três homens nunca foram nomeados acionistas ou diretores dos fundos, criados em 2004 para gerir os lucros provenientes das obras de arte de Mandela.
Chuene argumentou que o processo movido pelas duas mulheres era motivado pelo desejo de ter acesso ao dinheiro do pai, acrescentando que ambas foram nomeadas mandatárias das empresas pelo ex-advogado de Mandela, mas sem o seu consentimento.
George Bizos, advogado e amigo de longa data de Nelson Mandela, disse que se vai opor ao processo, acrescentando que o antigo líder da África do Sul lhe tinha pedido ajuda para gerir os fundos.
A data da audiência em tribunal ainda não foi marcada.
Fonte: DN