O Sindicato dos Professores do Ensino Superior (Sinpes) anunciou recentemente que os docentes vão entrar em greve a partir de quarta-feira, 10 de Novembro, para exigir aumento salarial, subsídios, melhores condições laborais e fundos para investigação científica.
A informação foi avançada esta segunda-feira (08) pelo secretário-geral do Sinpes, Eduardo Peres Alberto, tendo este afirmado que a greve será “por tempo indeterminado” por “falta de respostas concretas” da entidade patronal sobre suas inquietações.
“A greve na quarta-feira, será de dimensão nacional, porque não há respostas concretas por parte da entidade patronal que é o Governo ou o Ministério do Ensino Superior”, afirmou o docente em entrevista à Lusa.
Segundo o responsável sindical, na última semana os docentes sentaram-se à mesma mesa com a Direcção do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), porém não houve soluções, razão pela qual foi declarada a greve que entrará em vigor a partir do dia 10.
Falta de seguro de saúde, aumento salarial, melhores condições de trabalho, melhoria das infraestruturas, falta de fundos para a investigação científica e extensão universitária, formação contínua dos docentes estão entre as reivindicações do Sinpes descritas num caderno reivindicativo remetido ao MESCTI em 12 de maio de 2018.
Eduardo Peres Alberto deu conta também que o órgão ministerial convocou uma nova reunião para terça-feira, mas não acredita que deste encontro saiam soluções concretas para dos docentes, “porque em três anos não conseguiram resolver os problemas”.
“Concedemos a moratória de 60 dias, mantiveram-se em silêncio e uma semana antes é que realmente querem vir negociar, portanto nós não podemos alimentar demagogia, a má fé, é preciso valorizarmos o ensino superior e essa é a nossa posição”, frisou.
Uma fonte do MESCTI disse ontem à Lusa que está prevista para esta semana uma nova reunião com o Sinpes, no âmbito do seu caderno reivindicativo remetido àquele órgão, referindo que ambas as partes “continuam em processo negocial”.
Por: Sofia Adelino
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