O bilionário irlandês-americano Charles “Chuck” Feeney, que ganhou dinheiro com a rede varejista de aeroporto Duty Free Shoppers (DFS), ao lado de Robert Miller, dizia há mais de 40 anos que não queria morrer com tanta dinheiro assim.
Ao contrário dos Musks e Zuckerbergs dos magnatas da tecnologia que prometem doar pelo menos metade de suas fortunas antes de morrerem enquanto vivem em mansões e voam em jatos particulares enquanto puderem, Feeney é conhecido por sua promessa de doar todo o seu dinheiro e literalmente morrer um homem sem um tostão.
A partir desta semana, o ex-bilionário de 89 anos está oficialmente falido quando sua fundação, Atlantic Philanthropies, fechou após doar mais de US $ 8 bilhões para causas beneficentes em todo o mundo ao longo de 40 anos – na maioria dos casos de forma anônima.
Neste mês de Setembro, Chuck conseguiu dividir a quantia de US$ 8 bilhões em instituições de caridade, universidades e fundações através de sua organização, chamada Atlantic Philanthropies.
Foram doados US$ 3.7 bilhões para projectos educacionais, US$ 870 milhões em organizações em prol dos direitos humanos e mudanças sociais nos Estados Unidos, inclusive a doação de US$ 62 milhões para abolir a pena de morte no pais.
Feeney também doou US$ 76 milhões para campanhas populares em prol da saúde pública em apoio à aprovação de Obamacare, e mandou US$ 270 milhões para ajudar a melhorar a saúde do Vietnã, de acordo com a revista Forbes.
Em 2012, Chuck Feeney já tinha reservado US$ 2 milhões para curtir a sua aposentadoria ao lado da mulher. O resto do dinheiro seria doado assim que conseguisse, o que foi comemorado com uma cerimônia via Zoom e que contou com mensagens de vídeos de Bill Gates e do ex-governador da Califórnia, Jerry Brown. Nancy Palosi enviou uma carta oficial do Congresso americano a agradecer o empresário pelo gesto.
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