Segundo um despacho presidencial que autoriza a realização da despesa que a Lusa teve acesso, os custos para a contratação de médicos especialistas cubanos para assistência médica em Angola ascendem a 71,3 milhões de euros.
Num despacho presidencial, de 29 de maio, João Lourenço delegou na ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, competência para praticar todos os atos decisórios e de aprovação tutelar, incluindo a aprovação das peças do procedimento até à celebração do contrato.
Os recursos necessários à implementação do contrato devem ser assegurados pela ministra das Finanças.
Em abril passado, a ministra da Saúde anunciou a chegada ao país de 244 médicos cubanos, para apoiar no combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus, que estão a ser distribuídos por todo país.
Recentemente a ministra da saúde Sílvia Lutucuta disse em conferência de imprensa que o governo angolano gasta em média 5 mil dólares mensalmente por cada médico cubano.
A contratação de médicos cubanos para Angola levantou polémica entre a classe médica local, liderada sobretudo pelo Sindicato Nacional dos Médicos de Angola (Sinmea), que já manifestou o seu descontentamento com a questão.
Em comunicado, o Sinmea considera desvalorizada a classe médica angolana numa comparação ao salário de 5.000 dólares (4.563 euros) atribuído aos seus colegas cubanos, segundo informação prestada pela ministra da Saúde, numa conferência de imprensa.
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