Irão quer proibição de aplicações como WhatsApp, Viber e Tango


O sistema judicial iraniano lançou hoje um ultimato ao governo para que proíba aplicações como WhatsApp, Viber e Tango, num ato que poderá significar o aumento das restrições do uso da Internet no país.

O Irão tem como política filtrar os conteúdos na Internet, o que torna as populares redes sociais Facebook, Twitter e Youtube inacessíveis sem recorrer à utilização de ‘software’ ilegal.

“Depois da ordem dada pelo chefe do sistema judicial, têm agora um mês para tomar medidas técnicas para banir e monitorizar” o Viber, Tango e WhatsApp, disse o número dois da hierarquia judicial, Mohseni-Ejeie, numa carta enviada ao ministro das Telecomunicações, Mahmud Vaezi.

Mohseni-Ejeie criticou as “mensagens contra o fundador da república islâmica (ayatollah Khomeini) que têm circulado largamente nas redes do Viber, Tango e WhatsApp” recentemente.

A carta foi publicada no Irão por várias agências de notícias locais, apontando que as mensagens trocadas são “crime”.

O presidente iraniano, Hassan Rohani, tem demonstrado abertura em relação à liberdade das redes sociais no país.

A recente decisão do Teerão de acelerar as licenças de terceira geração móvel para duas empresas iranianas foi visto como um primeiro passo para tornar o acesso à Internet mais fácil, mas a decisão causou controvérsia entre os clérigos conservadores.

A WhatsApp é uma aplicação de mensagens no telemóvel que permite a troca de mensagens, vídeo e fotografias, tal como o Viber.

No entanto, o Viber e o Tango permitem também chamadas gratuitas através da Internet entre telemóveis.

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