Facebook desenvolve método para deter imagens manipuladas


As famosas “deepfakes”, falsas imagens hiper-realistas editadas com base na inteligência artificial e na identificação da sua origem poderão ser eliminadas por um método desenvolvido por investigadores que trabalham para o Facebook.

As “deepfakes” são um problema na internet, porque podem ser usadas para manipular ou difamar as pessoas, fazendo-as dizer ou fazer coisas que não disseram ou não fizeram.

Citados pela agência francesa AFP, Tal Hassner e Xi Yin, dois investigadores da rede social que trabalharam no assunto, destacaram que o método deverá fornecer “ferramentas para melhor investigar incidentes de desinformação coordenada, que utilizem falsificações profundas”.

Para o desenvolvimento do sistema, os investigadores utilizaram uma técnica conhecida como “engenharia inversa”, que consiste em desconstruir o fabrico de um produto ou, neste caso, de um vídeo ou de uma fotografia.

O programa identifica imperfeições acrescentadas durante a edição, que alteram a impressão digital das imagens, que pode ser usada para identificar o modelo da câmara utilizada.

A Microsoft introduziu, no ano passado, um programa que pode ajudar a detetar falsificações de fotos ou vídeos, um dos vários ‘softwares’ concebidos para combater a desinformação antes das eleições presidenciais americanas.

No final de 2019, a Google tornou públicas milhares de ‘deepfakes’ de vídeo, disponibilizando-as aos investigadores que desejassem desenvolver métodos para detetar imagens manipuladas.

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