Facebook de Mark Zuckerberg completa hoje dez anos de vida


Faz esta terça-feira dez anos que Mark Zuckerberg mudou o Mundo. O aparecimento do Facebook alterou por completo a forma de estar e de pensar das pessoas e são poucas aquelas que ainda não se renderam a esta ‘teia virtual’.

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Há dez anos, Mark Zuckerberg, então na universidade, lançou um site para os alunos de Harvard. Hoje, a rede social é usada diariamente por 757 milhões de pessoas em todo o mundo; 1,96 milhões de pessoas com acesso à Internet; 1,2 milhões de pessoas com conta no Facebook. Os números são expressivos e mostram a grandeza do império criado há dez anos por Mark Zuckerberg: mais de 61% das pessoas com acesso à Internet têm perfil na rede social.

Aquele que já foi o The Facebook, é agora a maior rede social da história. Desde a introdução do botão ‘Like’, ao lançamento de uma aplicação móvel, passando pela compra milionária do Instagram (mil milhões de dólares) e pela entrada em bolsa, o Facebook deu ainda origem a um filme, embora não oficial.

Embora continue a ser a rede social número um e todos os dias milhares de pessoas se aventurem nas suas ‘teias’, o Facebook tem enfrentado um substancial abandono de utilizadores jovens, faixa etária que há uma década era responsável pelo ‘sustento’ da plataforma. Ao todo, saíram já três milhões.

Zuckerberg revela estar atento às tendências e não esconde a possibilidade de a rede social sofrer algumas alterações em breve. As mudanças não são ainda conhecidas, mas a aposta reforçada nos dispositivos móveis é quase certa.

A rede expandiu-se depois as outras universidades norte-americanas e depressa conquistou o mundo para qualquer pessoa com mais de 13 anos.

“Tem sido uma viagem incrível até agora e estou muito grato por fazer parte disto. É incrível ver como as pessoas têm usado o Facebook para construir uma verdadeira comunidade e ajudarem-se uns aos outros de tantas formas. Na próxima década, temos a oportunidade e responsabilidade de conectar todos e continuar a servir a comunidade da melhor maneira possível”, disse Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, a propósito do aniversário.

O “café da esquina”
Apesar da popularidade, o Facebook não foi o primeiro site do género. “Enquanto conceito, não teve nada de novo”, mas conseguiu um “aperfeiçoamento tecnológico” que lhe permitiu executar melhor a visão de uma rede de ligações pessoais assente na Internet. Os antigos concorrentes, como o Hi5 e o MySpace, estão quase esquecidos.

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Os próximos dez anos
O Facebook tem planos para se tornar ainda mais embrenhado na vida quotidiana. Numa entrevista recente à revista americana Business Week, Zuckerberg dá pistas sobre o futuro. Uma das ideias é usar os contactos de cada utilizador para extrair a informação mais relevante para cada um, em cada contexto e em cada momento. As pessoas já frequentemente colocam no Facebook perguntas que antes eram quase um exclusivo do Google: “Qual é o melhor restaurante em Lisboa?” ou “que computador devo comprar?”, por exemplo. Zuckerberg diz que a plataforma deve facilitar o acesso a este tipo de informação. Se alguém de estiver de visita a Lisboa, os algoritmos que seleccionam o que é mostrado a cada pessoa deveriam privilegiar informação útil para quem está de passagem pela cidade.

Tirando isto — que faz concorrência ao objectivo do Google de organizar toda a informação do mundo, embora com uma abordagem diferente —, Zuckerberg disse à Business Week que não quer entrar no mesmo terreno que os outros gigantes da tecnologia. Não pretende desenvolver sistemas operativos, nem telemóveis ou tablets, como fazem a Apple e o Google, nem quer criar enormes centros de dados para vender serviços de armazenamento e computação, como a Amazon.

Uma coisa que o Facebook quer, no entanto, é alargar o acesso à Internet. Juntou-se a outras empresas, entre as quais pesos-pesados como a Samsung e a Nokia, para um projecto chamado Internet.org. O objectivo é reduzir o custo da Internet em telemóveis e conseguir assim chegar aos países em desenvolvimento, onde o potencial de crescimento é muito maior. Em dez anos, o Facebook tornou-se um elo de ligação para um em cada sete habitantes do planeta. Faz sentido que queira também ligar o resto.


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