Duas das grandes fabricantes de TVs anunciaram uma redução da tecnologia 3D no mercado. A Philips declarou que não vai mais lançar televisões no padrão e a Sony afirmou que apenas dois modelos da marca, a serem lançados em 2016, terão suporte ao formato tridimensional. A Panasonic é a única empresa que ainda dá espaço para novos aparelhos e mantém o padrão.
A notícia chega semanas após os indícios de que a Samsung e a LG estão a abandonar televisões com telas 3D. As confirmações mostram que o formato está com os dias contados e que a variedade de conteúdo, que sempre foi um problema, não deve aumentar agora que haverá um menor número de aparelhos com a tecnologia.
O diretor de produtos da Philips Danny Tack disse que um dos motivos para a mudança é o desinteresse dos usuários. “Não há fontes de conteúdo 3D e ninguém realmente quer TVs 3D. Além disso, a tecnologia torna a fabricação muito complexa”, afirma.
Também demonstrando desinteresse, a Sony deve lançar neste ano os aparelhos X930D e X940D no formato tridimensional, de acordo com comunicado concedido ao site CNet.
Enquanto isso, segundo a Samsung o material disponível para o padrão também influenciou na resolução. “Tomamos essa decisão baseada na demanda limitada pelo 3D e o baixo volume de conteúdo a ser produzido para esse formato”, diz comunicado da companhia.
A fabricante sul-coreana também ressaltou que investe em novas tecnologias que entende serem mais relevantes no momento, como o 4K e as telas de pontos quânticos, além da realidade virtual nos smartphones.
A Panasonic é a única fabricante que ainda reserva uma boa quantidade de televisores com telas 3D, ao menos no mercado europeu.
O grande problema da tecnologia de imagens tridimensionais via TV sempre foi a falta de conteúdo e o relativo desinteresse dos consumidores nos formatos que exigem o uso de óculos para desfrutar das imagens.
O futuro para o formato deve ser ainda mais desanimador. Os novos discos Blu-Ray para filmes em 4K, por exemplo, não oferecem suporte a conteúdo 3D. Além disso, a promessa de transmissões de TV no formato nunca saiu do papel e mesmo serviços de streaming, como o Netflix, oferecem uma quantidade pequena de material compatível com o padrão.