Covid-19 faz procura por Tupuca disparar 500%


Com restaurantes fechados e restrições ao comércio e circulação de pessoas devido ao estado de emergência, os angolanos voltaram-se para as entregas ao domicílio, fazendo disparar o negócio que cresceu, nalguns casos, 500%, como é o caso da Tupuca.

Segundo o CEO da Tupuca, Wilson Ganga que falava para à Lusa, a procura pelo serviço de entregas ao domicílio, cresceu “basicamente 500%” desde o mês de Abril.

O empresário adiantou que, além da facturação, também o número de parceiros aumentou substancialmente, passando de 200 para os actuais 250, havendo já mais de 500 em lista de espera.

A plataforma, inicialmente mais vocacionada para a restauração, viu nos últimos tempos o negócio alargar-se aos supermercados, bebidas, farmácias e, mais recentemente, à moda.

Embora as refeições continuem a ser o prato forte da Tupuca, concentrando cerca de 70% dos pedidos, intensificou-se também a procura por outro tipo de produtos tendo algumas cadeias de híper e supermercados aderido recentemente à plataforma.

“A procura dos clientes aumentou muito”, sublinhou Wilson Ganga, acrescentando que foram contratados mais 75 “tupuquinhas” para fazer as entregas.

Para atender à procura, os empresários adaptaram-se e direccionaram a frota da empresa mais recente do grupo, a T’Leva, uma plataforma de transporte de pessoas e bens lançada em fevereiro de 2019, para as entregas.

“Como a procura da T’Leva baixou, sobretudo aos fins de semana, direccionámos a frota do T’Leva para o Tupuca e os motoristas do T’Leva que estão a fazer os dois serviços, podem fazer entregas ou serviços de táxi”, detalhou.

A frota atinge já os 300 carros divididos pelas duas plataformas, sobretudo eléctricos, além de 90 motas.

Wilson Ganga, acredita que passada a pandemia, que levou ao surgimento de novas aplicações na área da restauração neste período, a evolução da empresa vai continuar a ser positiva.

“O negócio está aí, os empresários querem expandir as vendas e começaram a juntar-se à aplicação e as pessoas entretanto também se habituaram a usar pela comodidade”, destaca, considerando que Angola está a entrar num nível de “e-commerce” comparável ao de outras economias.

 

Lusa

 

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