A partir desta quinta-feira, 8 de Fevereiro os angolanos e não só, passam a contar com mais conteúdos provenientes de cabo-verde. O Canal TVA e ZAP formalizaram o lançamento nas plataformas da ZAP, estando os respectivos conteúdos disponíveis para os assinantes da ZAP na posição 158. O evento teve lugar na embaixada de Cabo-Verde em Luanda.
Na ocasião Saulo Montrond-Fundador e Administrador Geral da TVA mostrou-se satisfeito com o avanço e contou que há três anos o canal faz emissões para Cabo Verde.
“Sim, hoje vamos dar um passo muito importante na internacionalização do canal. Nós abrimos há três anos em Cabo-Verde, há um ano começamos também a emitir para Portugal e hoje vamos dar um passo significativo ao trazer Cabo-Verde a Angola e, daqui a uma semana ou duas eventualmente estaremos em Moçambique”, disse.
Saulo Montrond, disse ainda que o volume de investimento deste projecto é de mais de 1 milhão de dólares e que têm uma produtora que existe há mais de 15 anos e que pretendem daqui a três meses abrir um estúdio em Lisboa. “Somos um canal generalista, mas apostamos muito no entretenimento”.
Por outro lado, Euripedes Varela, Director de gestão de conteúdos e canais da ZAP, assegurou que esta parceria representa primeiramente reconhecimento do elevado número de cabo-verdianos e de descendentes de cabo-verdianos residentes em Angola.
“Para nós representa primeiro um reconhecimento do elevado número de cabo-verdianos e de descendentes de cabo-verdianos em Angola, e é uma das questões que foi ponto de agenda e depois também essa nossa preocupação de incurtar uma distância que já não era longa entre esses dois países irmãos que acabou por ficar muito evidenciada nesse recente campeonato africano. Não que isso tenha sido o ponto essencial da nossa decisão, pois é um processo tratado já há algum tempo mas, veio confirmar que o nosso caminho estava bem pensado Angola e Cabo-verde estão muito ligados e a ZAP não podia ignorar este facto e não ter um canal para os angolanos e para os cabo-verdianos em Angola para que pudessem sentir-se mais próximos do seu país”, declarou.
O embaixador de Cabo-Verde, Júlio Morais, ressaltou que as trocas comerciais entre os dois países estão praticamente nulas.
“As trocas comerciais estão nulas, não existe conectividade, nem aérea e nem marítima directa, por tanto não pode haver comércio apesar do interesse dos agentes económicos e das empresas, temos que criar massa crítica que seja viabilizada por conectividade directa e é nisso que estamos a trabalhar”, afirmou.
Por: Celestina Sebastião