Consultora EY revela fortes lacunas de cibersegurança nas empresas nacionais


A consultora EY, líder global em auditoria, assessoria fiscal, assessoria de transacções e assessoria de gestão, realizou a 22ª edição do EY Global Information Security Survey (GISS) no final de 2019, onde sondou líderes de 1300 organizações de vários países, nomeadamente Angola.

Segundo uma nota que o AngoRussia teve acesso, na presente edição do GISS, a EY preparou, exclusivamente, um relatório específico nacional, onde é possível encontrar o estado actual da situação da cibersegurança no país, assim como os desafios que os líderes das Organizações enfrentam actualmente. O certo é que, apesar do crescimento generalizado de ciberataques, apenas um terço das organizações nacionais, afirmam que a função de cibersegurança é parte activa nas fases de planeamento de uma nova iniciativa de negócio.

O especialista EY da vasta área de cibersegurança, Sérgio Martins, alerta: “Acreditamos que, nos próximos meses, os grupos activistas vão aumentar os ataques, em função da reacção das organizações à pandemia do covid-19.” No entanto, e apesar do risco acrescido, apenas 33% das iniciativas de negócio suportadas por tecnologias, afirmaram incluir as equipas de segurança desde o início dos projectos.

Perante o cenário, o especialista da EY garante que o modelo usado pela maioria não é sustentável: “A cibersegurança, tradicionalmente, tem sido uma actividade dirigida à conformidade, executada recorrendo a abordagens de checklist, ao invés de ser incorporada de raiz nas iniciativas suportadas por tecnologias. Este não é um modelo sustentável. Se alguma vez esperamos antecipar-nos à ameaça, teremos de nos focar na criação de uma cultura de security by design”. Sérgio Martins afirma que esta solução só pode ser concretizada se “conseguirmos superar a divisão existente entre as funções de cibersegurança e as funções de negócio, assim como permitir que o Chief Information Security Officer (CISO) actue como consultor e facilitador, e não como um obstáculo estereotipado”, conclui.

De acordo com este estudo, as equipas de cibersegurança das organizações nacionais, têm boas relações com as funções adjacentes, tais como IT, auditoria, risco e jurídica, sendo que existe uma desconexão latente com outras áreas de negócio. Vejamos que quase três quartos (71%) das empresas, afirmam que a relação entre a cibersegurança e o marketing é, no melhor dos casos, escassa, se não inexistente, enquanto que 86% relatam uma relação neutra. E mais de metade (67%) apontam relações tensas com o departamento financeiro, do qual dependem, naturalmente, para autorização de orçamento.

 


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