Com a sua publicidade focada na defesa do “direito humano” à privacidade dos seus usuários, a Apple tem sido questionada nas últimas duas semanas, após passar a exibir anúncios na App Store. A situação piorou depois de dois desenvolvedores e pesquisadores de segurança descobrirem que a ‘Maçã’ captura registros detalhados de como seus clientes interagem com a loja.
Identificados apenas como “Mysk” no Twitter, os especialistas utilizaram a rede social para divulgar um vídeo breve, no qual mostram que os dados de uso rastreados incluem o local exato onde o usuário toca na tela. Uma vez capturadas, as informações são enviadas em tempo real para a Apple através de um arquivo JSON (JavaScript Object Notation).
Embora não haja uma justificativa oficial sobre os motivos que levaram a Apple a rastrear os dados dos seus usuários na App Store, é possível imaginar que essas informações possam estar relacionadas ao desempenho de anúncios, depois que a companhia de Cupertino passou a exibi-los na loja virtual.
Ainda que os dados sejam colectados apenas para fins estatísticos e não sejam partilhados com terceiros, é no mínimo questionável que a empresa passe a adoptar uma postura para a qual cria barreiras em outras plataformas de anúncios como a Meta e o Google. E esses dados de usuários ocorrem, segundo Mysk, mesmo com a opção de anúncios desactivada.
A opção de começar a exibir anúncios na página “Today” e na guia “Você também pode gostar” foi anunciada pela Apple no dia 25 de Outubro. Anteriormente, os desenvolvedores só conseguiam promover os seus aplicativos na Busca da loja.
Depois disso, muitos usuários têm reclamado pela exibição de conteúdos irrelevantes ou eticamente questionáveis.
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