Angola com crescimento anual superior a 55% no sector das TIC


O sector das Telecomunicações e Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) em Angola registou uma taxa de crescimento anual superior a 55% nos últimos 10 anos, contando actualmente com mais de 14 milhões de consumidores.

TIC

De acordo com uma nota de imprensa remetida ao AngoRussia nesta sexta-feira (13), esta foi uma das principais conclusões apresentadas ontem, dia 11 de Março, em Luanda, no âmbito da primeira edição do Fórum Angolano das Telecomunicações e Tecnologias de Informação. O Fórum Angolano das Telecomunicações é uma iniciativa organizada pelo Ministério das Telecomunicações de Angola, criado com o objectivo de colocar na agenda o debate sobre estas temáticas, e para o qual se prevê a realização de novas edições.

Sob o tema “Os desafios do sector no contexto actual”, a conferência destacou algumas das principais tendências e características do sector, o qual tem vindo a registar uma forte evolução, como resultado dos investimentos públicos e privados em infraestruturas e na melhoria e actualização do quadro legislativo e regulatório, com vista ao melhor funcionamento da indústria. Os dados apresentados revelam a maturidade das tecnologias e telecomunicações em Angola face a outros mercados africanos.

Nos temas em debate, esteve em destaque a questão da atribuição de novas licenças para operadores de Telecomunicações em Angola, bem como o consequente impacto negativo que esta medida poderia trazer ao resultar num provável desinvestimento no sector. Neste âmbito, a conclusão é a de que o sector necessita que os operadores nacionais de telecomunicações móveis e de internet presentes no mercado fortaleçam as suas posições, por forma a poderem apostar cada vez mais na inovação e melhoria dos serviços prestados à população.

Foi destacado nas intervenções de Boris Nemsic, Parceiro executivo da Delta Partners, e de Hamadoun Touré, Ex-presidente da UIT da ONU, a tendência global para a consolidação de operadores no sector das telecomunicações , assim como para a necessidade de os mesmos manterem a competitividade e sustentabilidade através de iniciativas bem sucedidas. Para este efeito foi referido que o aumento de licenças no sector não significa mais investimento e inovação mas pode significar, pelo contrário, um sector mais fraco.

Entre as principais tendências destacou-se ainda o aumento exponencial da procura pela banda larga, nomeadamente no segmento móvel, o qual foi considerado o maior motor de crescimento nos próximos anos.

O mercado fixo de telecomunicações foi identificado como uma grande oportunidade de aposta para o futuro das Telecomunicações em Angola, tanto em termos da melhoria de qualidade e cobertura de rede, como em termos de serviços e penetração. A penetração fixa atual no mercado angolano é apenas de um por cento, havendo por isso aqui uma oportunidade de alargamento, concluem os intervenientes do sector presentes na conferência.

O 1.º Fórum Angolano das Telecomunicações e Tecnologias de Informação contou com a participação dos principais intervenientes do sector das telecomunicações e da economia angolana, nomeadamente, o Ministro das Telecomunicações , Eng.º José Carvalho Rocha; o Ministro das Telecomunicações , Eng.º José Carvalho Rocha; Ministro da Economia, Dr. Abrão Gourgel; o Secretário de Estado para as Telecomunicações , Eng.º Aristides Safeca; o Secretário de Estado para as Tecnologias de Informação, Dr. Pedro Teta; Director Nacional das Telecomunicações , Eng.º Eduardo Sebastião, e Presidentes e Directores Gerais dos principais operadores nacionais, entre os quais a Presidente do Conselho de Administração da Unitel, Eng.ª Isabel dos Santos, bem como especialistas no sector a nível internacional.

Para além das várias apresentações, foi ainda divulgado um estudo que reflecte a realidade actual do sector em Angola.

Principais dados do estudo:

  • Angola teve o primeiro operador em África a testar a tecnologia de Internet de Alta velocidade (LTE-Advanced com velocidades até 400Mbps);

  • Tem uma taxa de penetração móvel de cerca de 75% que compara muito bem com a média Africana;

  • A penetração de Internet é apenas de 20%, existindo uma oportunidade de crescimento;

  • Existem cerca de 3.5M de Smartphones no mercado Angolano, valor relevante face à média Africana;

  • Existem cerca de 25.000 KM de fibra optica instalada no País, o que constitui uma infraestrutura importante para o fornecimento de serviços;

  • A penetração de acessos fixos no total de domicílios é apenas de 1%, o que representa uma clara oportunidade de crescimento para o sector.


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