Para muita gente, os próximos dias sinalizam o fim de uma era e o início de uma nova fase de vida: o momento em que deixa para trás o status de estudante universitário e migra para a condição de profissional formado.
O frio na barriga diante do horizonte ainda informe é intenso nesta fase e a pressão, idem. O problema é que a combinação de medo, imaturidade e pressão acaba guiando muitos jovens recém-formados para escolhas erradas de carreira. Veja quais são:
1 – Atirar para todos os lados
Na transição entre a condição de estudante para a de profissional formado, muitos ex-universitários tendem a mergulhar em uma profunda ansiedade para encontrar logo um emprego para chamar de seu.
O problema? muitos atiram por todos os lados e tomam decisões apressadas capazes de comprometer todo um futuro profissional. Neste momento é essencial ter uma directriz – uma direcção de que tipo de rota o jovem profissional pretende caminhar.
2 – Achar que é a última (ou a pior) bolacha do pacote
“Alguns nesta faixa etária se acham muito especiais, pensam que são muito melhores do que realmente são”. “Isso faz com que eles cometam erros nos processos”.
Nesta fase, é essencial saber que “uma coisa é o conhecimento teórico, outra é a vida profissional na prática”. Por isso, humildade é importante e, nesta fase, essencial. “É interessante que o formado baixe um pouco a bola”, diz uma especialista.
Na via oposta, há quem se muna de baixa autoestima e dê voz para a insegurança. O resultado é uma atitude paralisante e um medo intermitente diante de novos desafios, algo inerente aos primeiros passos da carreira.
O antídoto é o mesmo para os dois grupos: é preciso se conhecer melhor. Conhecer as suas fraquezas e fortalezas.
3 – Ainda não saber o que o diferencia na multidão
Para estrear no mercado, é preciso se destacar. Mas como isso pode acontecer se tudo o que se tem no currículo são os diplomas de ensino médio e superior? Neste ponto, o autoconhecimento entra novamente em cena. “Ele tem que ter claro em que agrega de valor e no que pode melhorar”.
Um caminho é olhar para o que você fez nos quatro, cinco anos universitários, além das aulas, que pode contar pontos para o seu trabalho como efectivo. Acredite, de actuar na empresa júnior até fazer voluntariado: muitas actividades da faculdade têm potencial para alavancar a sua carreira no futuro. E sabê-las de cor pode ser um diferencial.
4 – Querer só a cereja do bolo
Não se engane: início de carreira é “ralação”, como classifica a especialista Elvira. “Você precisa estar disponível para viver o interior (ou área operacional)”, diz a especialista. Segundo ela, são experiências assim que irão moldar os melhores profissionais.
O problema é que boa parte dos recém-formados não vislumbra passar por isso. Pular etapas, rejeitar propostas mais desafiantes, não aceitar se esforçar um pouco mais – tudo isso pode comprometer o futuro profissional, sim.
5- Não ter persistência
Para a maior parte dos mortais, a subida profissional é lenta – talvez muito mais do que você imagine. E para vencê-la é preciso persistência e paciência (muita, diga-se de passagem). Segundo Thirza, a consolidação de um profissional no mercado leva de dois ou três anos.
“Precisa de paciência, estrutura, foco e disciplina. Quem não tem dificilmente irá se estabelecer no mercado”, afirma. “Agora, não é como no videogame quer você perde e tem outra vida. A vida é uma só, desta vez”. E paciência para edificá-la é fundamental.
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