1 de Dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Sida


Assinala-se hoje, 1 de Dezembro, o Dia Mundial de Luta contra a Sida, instituído em 1989 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A ideia de dedicar um dia à luta contra a Sida no mundo surgiu na Cimeira Mundial de Ministérios da Saúde de 1988. Desde então, a iniciativa seguiram-na governos, organizações internacionais e de caridades de todo o planeta.  Elegeu-se o 1 de Dezembro porque o primeiro caso de Sida foi diagnosticado neste dia, em 1981.

A comemoração da data tem como objectivo despertar os estados, os governos e as sociedades civis das nações, ante o perigo que o flagelo representa, tendo em conta a natureza da infecção e a capacidade da sua rápida propagação entre as populações e as comunidades.

A reflexão em torno da efeméride remete a sociedade para o incremento de acções multiformes e a todos os níveis, que visam atenuar o impacto da pandemia entre as populações, sobretudo as mais carenciadas.

Entre essas acções, se destacam o encorajamento para a adesão permanente aos ATR (AntiRetrovirais), a necessidade do apoio psicossocial às PVVS (Pessoas Vivendo com o VIH e Sida) e o repúdio contra as manifestações de estigma e descriminação às PVVS e contra a infecção dolosa.

Apesar das dificuldades que continuam a subsistir, vários países de rendimento baixo ou médio conseguiram alargar sensivelmente o acesso aos serviços de cuidados do VIH/Sida.

Segundo uma mensagem por ocasião da data, o director Regional da OMS para África, Luís Gomes Sambo, existem mais de 22 milhões de pessoas que vivem com o VIH na África Subsariana, e mais de metade destas são mulheres. A nível mundial, mais de 75% das mulheres e 85% das crianças que vivem com o VIH encontram-se na Região Africana.

Para Gomes Sambo, esta é também a região onde a doença tem sido responsável por tantas vítimas mortais e contribuiu largamente para uma redução da esperança média de vida, com graves consequências sociais e económicas.

Ao longo dos anos, foram efectuados alguns progressos na luta contra a pandemia na nossa Região.

Fizeram-se investimentos financeiros consideráveis na resposta ao VIH/SIDA, medicamentos e outros produtos a preços acessíveis passaram a estar disponíveis a todos os países, foram alargadas abordagens inovadoras de prestação de serviços, o activismo deu maior visibilidade à epidemia do VIH/SIDA e as comunidades têm estado na linha da frente da resposta.

Estes esforços, prossegue a mensagem,  contribuíram para uma redução no número de casos de novas infecções por VIH em 22 países da Região Africana da OMS. Em 2011, quase 6,2 milhões de pessoas estavam a receber tratamento na Região, em comparação com apenas 100 000 em 2003.

Acrescenta que o aumento do acesso ao tratamento para o VIH reduziu o número de pessoas vítimas de causas relacionadas com a SIDA. Calcula-se, em 2011, que terão morrido menos 500 mil pessoas por causas ligadas à SIDA na África Subsariana do que em 2005, o que representa uma redução de 31%.

Os progressos realizados até ao momento foram possíveis graças a uma resposta individual e colectiva de todas as partes interessadas.

No entanto, é preciso fazer mais se quisermos alcançar a nossa visão de tratar todas as pessoas afectadas, minimizar as mortes relacionadas com a SIDA e reduzir de forma significativa o impacto da epidemia.

É preciso intensificar e alargar a prevenção do VIH em todos os países, para incluir a promoção da saúde, aconselhamento para a alteração de comportamentos, testagem do VIH, uso de preservativo, circuncisão masculina, eliminação da transmissão vertical e transfusões de sangue seguras.

“Temos de assegurar que todos os que precisam de tratamento o recebem, que o tratamento e os cuidados são mantidos e que os doentes aderem à toma dos medicamentos prescritos”, lê-se na mensagem.

Em Angola, o Governo tem envidado esforços no sentido de combater a doença, através de acções de formação e sensibilização, criação de centros de testagem, acompanhamento de pessoas infectadas.

Existem em Angola mais de 500 unidades para testagens voluntárias, em 120 municípios do país.

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