Zango: 17 estudantes são violadas nas escolas


A falta de segurança nas escolas da nossa capital tem vindo a preocupar estudantes e familiares, uma vez que é crescente o número de vítimas de assaltos e violações, principalmente no período nocturno. No Zango, 17 alunas foram violadas num único mês quando saíam da escola.

estudantes
credito: portal de angola

A Escola Secundária nº 7001, no Cazenga,  tem sido o alvo de marginais que aguardam as suas vítimas depois que as aulas terminam, na inocência, muitas regressam à casa com cicatrizes de algo que elas jamais irão esquecer em suas vidas. Apesar de ter ao lado da escola duas quadras, mas nem com isso os estudantes sentem-se seguros já que tornou-se normal serem assaltados.

A escola no Cazenga não é a única cujos alunos estejam a passar por este problema de segurança durante o seu percurso. No Zango II, os estudantes da 5114, que está próxima ao Centro Cultural, contam que 17 colegas suas foram violadas a saída da escola, sendo que o décimo sétimo caso ocorreu na última quinta-feira, 30 de Julho.

Infelizmente, segundo os residentes desta zona, dizem que o Zango II tem ficado privado de energia eléctrica, principalmente de noite, a hora em que mais necessitam de uma fonte de luz para poder se locomover. Embora algumas alunas tenham adoptado a estratégia de sair em grupo, uma vez que as 21 horas as ruas ficam isoladas, o facto de os meliantes apresentarem-se sempre armados inibe-as de reagir.

As 17 alunas foram todas violadas no mês de Julho, segundo o coordenador de turno da noite da referida escola, professor Daniel, sendo sete vítimas na primeira semana e o restante na última semana do mês. O número de vítimas pode ser maior, pois o professor acredita que muitas preferiram não se pronunciar com medo de serem discriminadas na escola.

Muitas destas jovens violentadas desistem de estudar ou pelo menos até conseguirem uma vaga no turno da manha ou de tarde. Uma delas comentou com uma interlocutora do portal OPAIS que quando foi interpelada, a rua estava desértica, além do mais foi orientada a não gritar sob pena de morte e a disfarçar ser amiga dos moços. “Fui violada pelos três, não gosto muito de falar disso, só sei que desde aquele dia nunca mais senti vontade de sair a noite ou de ir à escola. Já não vou estudar esse ano, até conseguir uma vaga para o período da tarde”, lamentou.

A polícia nacional diz que continua a investigar as violações e ainda não há dados novos.


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