Vários familiares das vítimas angolanas do acidente com o avião das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), que caiu a caminho de Luanda, acusam a companhia de falta de apoio e informação e prometeram instaurar um processo contra a mesma, revelou A Bola.
Numa conferência de imprensa na qual estiveram familiares do músico José Luvualu “Action Nigga” e da inspetora do ministério das Finanças Almejada Laura Vatuva, que morreram na queda do avião da LAM na Namíbia, a mãe do músico acusou a companhia de “não estar a prestar atenção nem apoio moral” aos familiares desde o acidente.
“Se existe algum resto mortal do meu filho, nem que seja um fio de cabelo do meu filho, têm que me dar algo que comprove que é o meu filho para fazermos um funeral condignamente”, pediu Elsa Luvualu, lamentando ainda ainda não saber quando vão poder enterrar os seus entes queridos e poder encerrar a cerimónia.
“Exijo que antes dos 30 dias (faz domingo um mês que ocorreu o acidente) a LAM se pronuncie”, referiu a mãe do músico, acrescentando que até ao momento foram “simplesmente ignorados” pela companhia aérea moçambicana.
Também Antunes Vatuva, irmão da inspetora do ministério das Finanças, referiu que a situação é a mesma descrita por Elsa Luvualu, reiterando o pedido de informação sobre quando terão os restos mortais da sua irmã, para poder realizar o funeral.
Na conferência de imprensa Elsa Luvualu pediu ainda a união das famílias das vítimas para a abertura de um processo contra a LAM, pelos danos causados.
O avião das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) que fazia a rota Maputo / Luanda despenhou-se na sexta-feira (29) de novembro, resultando a morte das 33 pessoas que seguiam a bordo, entre os quais nove angolanos.