Vacina Sputnik tem 92% de eficácia, garante Rússia


A Rússia informou que a vacina contra a covid-19 Sputnik V tem uma eficácia de 92%, segundo dados preliminares da terceira fase de pesquisa, e não apresentou efeitos adversos inesperados.

A informação foi divulgada dois dias depois da comunicação de que vacina desenvolvida pela Pfizer e BioNTech apresentou eficácia de 90%, também segundo dados preliminares que ainda não foram publicados em revista científica.

Em nota divulgado pelo Centro Gamaleya e o Fundo para Investimentos Diretos da Rússia (RDIF, na sigla em inglês) diz que o resultado foi obtido a partir de uma pesquisa com mais de 16 mil voluntários, 21 dias após o recebimento da primeira dose da vacina, que é inoculada em duas doses, ou placebo.

A nota informa que a análise de eficácia foi feita após 20 participantes terem desenvolvido covid-19 entre os que haviam recebido a vacina e os que tinham recebido placebo.

Até o momento, segundo os desenvolvedores, 20 mil voluntários receberam a primeira dose da vacina em 29 centros médicos do país, e mais de 16 mil, as duas doses.

“No decorrer da pesquisa, nenhum efeito colateral inesperado foi detectado. Em parte dos vacinados, houve efeitos temporários como dor no local da inoculação da vacina, sintomas de gripe com aumento da temperatura corporal, fraqueza, cansaço e dor de cabeça “, acrescentou o comunicado.

A Rússia diz que os dados divulgados nesta quarta (11/11) serão publicados pelos pesquisadores do Centro Gamaleya em uma das principais revistas médicas, após avaliação independente por epidemiologistas.

O ministro da Saúde da Rússia, Mikhail Murashkin, destacou que os resultados dos testes clínicos da Sputnik V “mostram que é um meio eficaz de conter a disseminação do coronavírus, prevenir a doença, que é a melhor forma de derrotar a pandemia”.

O director do Centro Gamaleya, Alexandr Gintsburg, disse que a publicação dos resultados preliminares “abre o caminho para a vacinação em massa na Rússia contra a covid-19 nas próximas semanas”.

Professor da London School of Hygiene & Tropical Medicine, Brendan Wren diz que os dados da Sputnik são encorajadores. Ao mesmo tempo, a professora britânica de imunologia Eleanor Riley disse estar preocupada com a possibilidade de os dados terem sido divulgados às pressas em resposta ao anúncio da Pfizer, e lembrou que o desenvolvimento de vacinas não é uma competição.


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